sábado, 25 de julho de 2009
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sábado, 20 de junho de 2009
Em 2020 Metade da População Brasileira Será Evangélica
“Baseado em dados estatísticos do SEPAL, estima-se que 50% da população brasileira “poderá” ser evangélica. Para a revista (Época), a influência evangélica em 2020 "contribuirá para:
1 - a diminuição no consumo do álcool,
2 - o aumento da escolaridade e
3 - a diminuição no número de lares desfeitos, já que a família é prioridade para os evangélicos.”
http://portal.padom.com/2009/06/02/metade-do-brasil-evangelica/
Respondendo, primeiro aos sofismas:


"aletar tome cuidado com falcificadorescuidado com falcificações todos os nossos coordenadores e professores da faiterj ( faiteba )é por obrigação ter a credecial de identificação e estorico escolar quem é formadopela faculdade se não se identificar cuidado tem coisa érrada.nossos cursos vem com o carimbo da faculdade e o carimbo de liberação do MECtodas as documentações vem com o carimbo da faculdade e liberação do MECcoidado são muitos os falcificadores mande se identificar é só um alerta para vcnão coma gato por lebre.o unico representante diretor aque em itabuna e região se chama PB, RADAMERIS"
http://www.pbradameris.blogspot.com/
3- Os lares e famílias evangélicas explodem em divórcios. Um jornal perguntou para o divorciado bispo evangélico Fábio Caio:
“Os evangélicos estão se divorciando em grande quantidade. É apenas uma tendência passageira ou uma dura realidade atual?”
Resposta do Fábio Caio:
“A meu ver o que está acontecendo é apenas a explicitação do que antes 'se varria para baixo do tapete...' Eu passei a vida toda vendo casais separados de alma vivendo sob o mesmo teto... inúmeros pastores. Até hoje conheço centenas que me confessam que vivem da ‘aparência’... mas que não há amor e nem ‘casamento’ entre eles e suas esposas... Ora, para fins de 'consumo social'... tais casais não se 'separaram'... embora, de fato, vivam vidas divorciadas... A sociedade já se divorcia faz tempo. A novidade é a oficialização do divorcio no meio evangélico.”
http://www.caiofabio.com/2009/conteudo.asp?codigo=00227

http://www.orkut.com.br/Main#FavoriteVideoView.aspx?uid=4013648790580875712&ad=1216321886
Desfaz-se o engodo subliminar.
(E não é porque se “converteram” ao protestantismo depois de presas)

Igrejas e culto : Igrejas evangélicas, 56,2 % da população carcerária, 49,2% das famílias desta população.
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64% DOS PASTORES E EVANGÉLICOS SÃO PORNOGRÁFICOS E TEM ATIVIDADE SEXUAL SECRETA! 25% COMETERAM ADULTÉRIO

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Os “casamentos” de gays e lésbicas explodiriam, envergonhando Deus:
http://patraoblog.wordpress.com/2007/12/26/igreja-evangelica-permite-casamento-gay/
EUA: Igreja Metodista admite pastora lésbica
http://casamentocivil.org/casamentocivil/news.asp?uid=220304A
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Estudo: Fernando Nascimento.
17 jun (3 dias atrás) FERNANDO E provando que “crente” bebe:
Pastor Evangélico é acusado de abusar sexualmente de menina de 13 anosE diz que estava bêbado:
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sábado, 13 de junho de 2009
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http://caiafarsa.wordpress.com/ (Colaborador)
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quinta-feira, 11 de junho de 2009
DLP-II
Em certa ocasião, em palestras com amigos, o “reformador” se referiu a um desastre que
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ERFURT - Lutero pensou que ia morrer. |
Noutra feita Lutero disse que, ao regressar de uma viagem a Mansfeld, surpreendeu-o violenta tempestade; uma faísca elétrica lhe caiu aos pés, enchendo-o de pavor; nesta ocasião teria exclamado: "Valei-me Sant’Ana; quero ser monge". Teriam sido tais acontecimentos a causa da vocação de Lutero?
Certamente Lutero fez logo o que prometera. Pela última vez reunião os amigos em festa íntima e, no fim, convidou-os a acompanhá-lo. Relutaram. Afinal o seguiram, conforme lhes pedira. Deste modo, a 16 de julho de 1505 Lutero ingressava no Convento dos Agostinianos em Erfurt.
“Entrei para o Claustro, explica ele, porque estava desesperado de minha salvação”.
Ali a vida de nosso pretendente foi dividida entre a oração, o estudo da Sagrada Escritura e dos escritos dos santos padres.

Pouco depois da sua ordenação, foi Lutero transferido para Wittemberg; ali encontrou o vigário geral da ordem, Pe. Staupitz, que desempenhava, além do cargo d3e superior, o de professor de exegese na universidade local.
Devendo, Staupitz, visitar, de vez em quando, as residências da província, mal podia dar cumprimento ao seu ofício, pelo que cogitava desistir e passar a cátedra de mestre a um sucessor da mesma ordem. Para substituí-lo, pensou em Lutero e aconselhou-o a se preparar, para tirar o bacharelato em Sagrada Escritura, afim de se habilitar a exercer o cargo de professor desta disciplina.
Efetivamente Lutero seguiu-lhe o conselho. E em 9 de março de 1509 colou grau de mestre na referida matéria.
Estudos assim precipitados e acumulados permitiram-lhe conquistar o ambicionado posto, mas não lhe deram o tempo de assimilar as doutrinas vistas, motivando isso, no espírito dele, uma verdadeira balbúrdia de idéias, sem fundamentos, sem provas e sem nexos.
Grisar observa que, mesmo em Elbstad, foram falhos os estudos do “reformador” \(Grisar, 43). De Wittemberg transferiram-no para Erfurt, novamente, para que desempenhasse ali o professorado como leitor de teologia, que estudara com pressa, incompleta e erradamente.
Em Erfurt o novo leitor de teologia foi encontrar dupla guerra: - na cidade onde encontrara uma insurreição popular, e no convento dos frades Agostinianos no qual a discórdia era de espécie diferente.
A Congregação abrangia nesse tempo duas províncias: a parte alemã, mais rigorosa na observância das regras, e a saxônica, um pouco mais mitigado no rigor primitivo.
Sendo sido o Pe. Staupitz nomeado Vigário Geral provincial, para a Alemanha, procurou reunir as duas províncias sob sua alçada, nelas introduzindo a observância rigorosa.
A Santa Sé favoreceu esta medida de união, permitindo também que as duas partes se reunissem e escolhessem um só Vigário Geral.
A escolha recaiu em Staupitz. Isto agradou a quase todas as casas.
Setes entre as da província alem]ã resolveram protestante e entre elas estava o convento de Erfurt. Foi enviada uma deputação a Roma para defender os interesses dos insubmissos, perante a Cúria Romana; Lutero integrava esta comissão.
Que impressão trouxe ele da Cidade Eterna?
Uma visão toda materialista, como se descobre pelo seu modo de descrever o que vira ali.
Não tinha o “reformador” alma de artista, para admirar grandezas, panoramas, antiguidades; nem possuía um espírito perspicaz capaz de penetrar e ler a história nos monumentos. Pouco empenho lhe ofereceu a estadia na grande metrópole do Cristianismo. Desejava ver o Papa e não o conseguiu, pois o Santa Padre estava então em viagem pelo norte da Itália. E a reclamação contra a união das duas províncias agostinianas não foi aceita por Roma, o que contrariou bastante o frade descontente.
Parece que Lutero não retornou mais a Erfurt, mas foi logo se fixar em Wittemberg, onde continuou a estudar teologia. Em outrubro de 1512 aí recebeu o barrete e anel doutoral na matéria; no mesmo mês começou a lecionar Sagrada Escritura, substituindo Staupitz. Neste ponto é que Lutero começou a manifestar os e=seus erros de princípios, e a sua ignorância em assunto teológicos.
Em 1515 iniciou ele a explicar a Epístola de São Paulo aos Romanos, e foi da má compreensão e interpretação desta carta paulina que o professor extraiu os erros sobre a graça e a salvação.
Dois foram os erros fundamentais do novo catedrático – primeiro: SÓ A BÍBLIA É A REGRA SUPREMA DE FÉ; segundo: O HOMEM É JUSTIFICADO SÓ PELO FÉ, E AS BOAS OBRAS DE NADA VALEM PARA A JUSTIFICAÇÃO.
Desde esse tempo apareceram como pontos básicos de todas as suas doutrinas esses dois erros.
A primeira destas regras de crença substitui a autoridade da Igreja, supremo juiz em questões de fé, pelo livre arbítrio, infligindo, assim um golpe infernal na unidade visível da cristandade.
A outra perverte toda a doutrina das relações entre a criatura e o Criador.
Combinados, estes dois princípios subversivos produzem a mais tremenda desordem moral nas almas e na sociedade.
Teria Lutero aprofundado a extensão destes seus postulados de crença? Impõe-se-nos imperiosa a questão e a resposta é de longo alcance.
Julgamos que não.
Demais, ele era de caráter altivo, orgulhosos, com uma inclinação natural demais acentuada, para a revolta. Um homem desse quilate é geralmente teimoso.
Durante quinze séculos a Igreja interpretara e expusera a Bíblia à luz de sua tradição, de sua própria história e, infalível no seu ensino e nas suas decisões a respeito, fora a regra viva de fé no passado.
O monge rebelde não atinou com o valor e a segurança desta autoridade suprema, e o seu orgulho supremo levou-o a crer que o homem é a sua própria regra de fé. Para ele não havia outra fonte de verdade revelada senão um livro mudo (embora inspirado) de que cada indivíduo é constituído juiz. Este livro, portanto, tem de ser o guia e a norma de fé para todos indistintamente, tornando-se todos infalíveis, excluídos, naturalmente, os sacerdotes, os bispos e o Papa.
Lutero não tolerava a existência de uma homem infalível na Igreja; mas, por cúmulo de contradição, admitia serem os indivíduos todos infalíveis, exceto o Pontífice de Roma, que na verdade é o único infalível por divina instituição.
Em teoria tal era a doutrina de Lutero, embora na prática não aceitasse que ninguém contradissesse às suas opiniões.
O princípio: - “A JUSTIFICAÇÃO SÓ PELA FÉ” – era igualmente deletério e perverso, pois deveria produzir os mais desastrosos resultados numa sociedade decaída.
Conforme o ensino católico, a fé que justifica é uma fé viva, isto é, fundada na revelação e informada pela caridade.
Vê-se logo a perversidade do falso intérprete. São Paulo pretende mostrar que lque, para alguém se salvar, não basta executar apenas as obras prescritas pela lei de Moisés, mas que, além disso, é mister possuir fé em Deus; Lutero, porém, depois de liquidar as obras da lei mosaica, suprimiu, ainda as da nova lei, contentando-se unicamente com a fé.
E, como na Epístola de São Tiago se lêem estas palavras textuais: “O HOMEM É JUSTIFICADO PELAS OBRAS E PELA FÉ, E NÃO PELA FÉ SOMENTE” (Tiago 2,14-28), o inovador taxou esta epístola de “EPÍSTOLA DE PALHA”.
Tal é a “grande” descoberto de Lutero, que constituía para ele a suprema novidade, mas que, para o mundo, não era mais que a grande heresia.
Neste seu peculiar modo de entender a Bíblia apalpa-se a sua falta de conhecimento seguro.
Está aí o princípio da decadência do “reformador”, cujos fundamentos remotos o vimos beber na errônea filosofia nominalista que seguira desde os bancos de escola superior.
Aí fica a primeira fase da vida de Lutero. Visto através dum olhar superficial, nada ainda se apresenta de muito importante; no entanto, no âmago desta alma irrequieta graves problemas se agitavam.
Querer julgar Lutero pelos acontecimentos em que passou a exercer influência preponderante na época é recolher efeitos como se fossem causas, e atribuir a um destino cego aquilo que na verdade é uma conclusão final.
A primeira educação na casa paterna, os primeiros estudos, o ambiente em que se encontrava, a conversão – tudo isso constitui necessariamente a trama que devia moldar o caráter e orientar as tendências de Lutero.
Pelas notícias que nos ficaram dos seus tempos escolares nota-se que ele fora um menino traquinas, insubordinado, colérico, e dado à independência e insubmissão. Não se castiga continuamente um aluno bem comportado e exemplar. E Lutero foi punido a toda hora.
Não concorde e sempre reclamando contra penas e ordens, de contínuo avesso a quem não lhe seguisse às idéias, assim cresceu o futuro “reformador”.
Pertencendo a uma época bastante viciada, privado de carinho e vigilância, a estrada de corrupção precoce estava largamente aberta em sua frente, prometendo saciar-lhe os instintos...
Ao orgulho juntou-se a imoralidade. A acusação é grave. Exige provas. Ei-las:

DLP-III
Índice do Livro
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A QUEDA DE LUTERO
A fisionomia da mocidade de Lutero já nos é conhecida. Esse período de sua existência não foi, de certo, a preparação condigna para a missão tão sublime de quem se dizia chamado por Deus para mudar por completo as idéias de um século e reformar a Igreja de Cristo.
Bom é que o leitor saiba logo nada estar eu adiantando por minha conta e risco. A minha apreciação vai apoiada sobre os documentos contemporâneos, pois recorri aos melhores autores modernos que relataram os fatos (*).
Anteriormente vimos as tendências de sua meninice; estas já se apresentam como sinais certos na mocidade; afinal, na idade madura, serão fatos consumados. Temos assim, realizada a palavra da sabedoria:
“O homem não se afastará, na velhice, do caminho seguido em sua mocidade. O que não juntaste em tua juventude, como o poderás encontrar em tua velhice?” (Eclesiástico 25,5)
Entremos agora nos meandros da segunda fase desta existência, tristemente célebre e cinicamente corrupta.
WITTEMBERG

Vimos Lutero exercendo o professorado na universidade de Wittemberg: aí insensivelmente se precipitou no maiores absurdos e erros que, por cúmulo de obcecação mental, tomou como “A DESCOBERTA DA VERDADE”, sepultada pelos antigos.
Pode-se acreditar na sinceridade de sua conversão? Optamos pela afirmativa, muito
Por que este medo?... Devido aos dois motivos já expostos: o seu gênio arrebatado que nos primeiros anos lhe atraíra tantos castigos, e sua vida livre e desregrada da mocidade.
Examinando-se tudo atentamente, nota-se que a conversão de Lutero, conquanto se tenha como sincera de sua parte, não possuía fundamentos suficientemente sobrenaturais, para agüentar o peso de sua estado de sacrifícios preparativos à santidade.
Ingressando no convento, o seu ânimo irrequieto achou nesta ambiente, quanto nos múltiplos afazeres que o envolviam, uma preocupação para mantê-lo, relativamente à parte externa, na linha reta do dever.
Mas o conhecido axioma – OMNE VIOLENTUM NON DURAT – achou em Lutero a aplicação cabal. Quis sair do mal e praticar o bem; faltando, porém, o apoio sobrenatural à sua resolução, este seu voluntarismo, redundando num esforço contínuo, se transformou, para ele, num jugo e num tormento.
Esta oposição formal entre as idéias, ou tendências de Lutero, e o seu teor de vida, gerou nele um terrível escrúpulo, pelos modernos psicólogos denominado OBSESSÃO; estado de alma em mais comum do que geralmente se cogita, sobretudo entre estudantes e intelectuais.
>>>> Obsessão ou Escrúpulo? <<<<<

Ao começar manifestar-se, esta importuna impressão é mal e mal perceptível, não indo além de um abatimento que inquieta, de qualquer coisa obscura e AMEAÇADORA. Logo, porém, esta disposição se altera: o pavor se determina, a IDÉIA fixa aparece como fator principal e pesa sobre todas as deliberações da pessoa, influindo em sua vida afetiva, sobre tudo o que faz; num palavra, tal idéia IMPORTUNA E PACIENTE.
Muitas vezes não ultrapassa os limites de um simples “talvez”, mas é uma dúvida inquietante a martirizar o doente; tal estado, afinal, assume, assim, pouco a pouco, aspecto de verdadeira loucura.
Como efeito do fenômeno, o obsesso se vê assaltado de vacilações da mente, condenado a nunca encontrar certeza, exatamente nas questões que mais de perto lhe dizem respeito. Basta pretender ele uma coisa, para logo se lhe apresentarem as mais fantásticas indecisões, aborrecendo-o e impelindo-o a odiar o que mais amava e apetecia.
Foi em conseqüência desta disposição, que Lutero viu nas moléstias que o atingiram, até em simples acidentes sem importância, tremendas ameaças e castigos de Deus. Isto nos revela a sua decisão repentina de se fazer monge.Desde então já ele era vítima de uma obsessão de cuja tirania inutilmente procurou safar-se.
Estas ligeiras observações psicológicas acham confirmação plena nas palavras e nos gestos subseqüentes de Lutero, após a entrada no convento. Ouçamos algo de seus escrito de 1535, em Wittemberg, já ex-frade, no seu comentário à epístola aos Gálatas:
“Quando ainda monge, julgava-me perdido, sem salvação possível, sentindo, com tamanha violência, impulsos e atrativos pecaminosos e uma tendência acentuada à cólera, ao ódio e à inveja, contra um dos meus irmãos de hábito. Este mal se renovava continuamente, não podendo eu encontrar descanso.
E prossegue:
“Ah! Se tivesse então compreendido a palavra de Paulo: ‘a carne luta contra o espírito e ambos se hostilizam mutuamente” (Erl. Com. In Gall. III);
Tudo isso acentua sempre mais a grande desgraça do escrúpulo ou da obsessão a persegui-lo desde a Infância.
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(*) Além do livro de Grisar e das obras de Lutero, recolhidas por Weimar, estou seguindo particularmente um autor holandês: H. J. Achters: “Luther, leven, persoon, leer”, resumo de tudo o que se tem dito de mais fundado sobre Lutero.
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2. Os escrúpulos de Lutero
Segundo vimos, nosso homem era nada menos que um escrupuloso e um obsesso pela idéia fixa do rigor de Deus.
Desconhecendo a influência deste estado psicológico naum pessoa, os protestantes não o admitem em Lutero, e chegam a atribuir erradamente ao Catolicismo as mazelas todas do "reformador". É que, para eles, CHEFE tem de ser sempre o HEROI, cuja sede da verdade e cujos anseios de paz com Deus não encontraram na Igreja Católica possibilidade de serem satisfeitos.
Aí estão, para atestar o estado anormal do espírito de Lutero, hsitoriadores de renome, homens de primeiro valor, como Grisar, Denifle, Paquier, Duinster, etc. Otto Scheel, escritor protestante, atesta ter sido Lutero frequentemente repreendido durante o seu noviciado, porque, perturbando-continuadamente, enxergava todas as coisas através do prisma dos seus escrúpulos, segundo os quais tudo era pecado.
Qual a causa de tão aflitivo estado dalma?
Simplesmente a falsa concepção de Lutero sobre a graça divina. Por certo ele aspirava gosar aquela paz e alegria infundida pela graça no espírito; não lhse era suficiente a certeza moral de estar bem com Deus; desejava obter uma prova sensível, esta consolação que, às vezes, Deus concede a algumas almas lgenerosas e frequentamente recusa a outras.
Superiores e mestres espirituais apontaram-lhe o erro. Tempo perdido. Lutero seguiu a sua própria idéia, a ninguém querendo submeter-se.
Foram impotentes para remedial o mal as violentas práticas de mortificação a que de contínuo recorria. O defeito era de outras naturza, pois não passava de uma espécie de "ultimatum"! lançado à face de Nosso Senhor.
Já Sango Agostinho se expressava admiravelmente a respeito: VIS FUGERE A DEO, FUGE IN DEUM - quem quiser fugir de Deus, nele se refugie. O pobre Lutero muito ao invés, parecia nunca haver sentido a doce e consoladora intimidade com Deus, lançando-se cegamente nas garras do demônio, quando era o seu lugar o regaço carinhoso do Pai.
Em vista de tão lastimável estado, foi ele aos poucos abandonando as orações prescritas aos sacerdotes, e se absorvia, de corpo e alma, na atividade exterior, envolvente, materializante, e tanto que, em 1516, escrevia assim a Lange:
"Raramente me sobra tempo para rezar o breviário e celebrar a missa; acrescentem-se a isto as tentações que padeço". (Wette I, 41).
Eis aí iminente a desgraça de Lutero. Era um vbencido, a entregar as armas, capitulando velrgonhosamente.
O pobre monge começou, desde aquela hora, a indagar de si para si: por que não encontro eu a paz e a satisfação no convento? Por que me sinto hoje mais desanimado do que nos primeiros dias de noviciado? Após tantos esforços nada consegui. E se não me salvar no papismo, haverá possibilidade de algum outro o conseguir?... (Wachters; Luther, 46).
Perante seu espírito turbulento e povoado de revolta surgiu então o fantasma do erro. Veio em seguida a indagação: Não haverá na natureza humana um foco de inclinações perverssas, mais pujante do que a nossa vontade, o qual nos consome, sendo-nos impossível apagar-lhe as chamas?
E, dando ouvidos ao seu caráter voluntarioso e às idéias pessoais, concluiu afinal: "A natureza humana está corrompida pelo pecado original, até às últimas fibras, e o desejo do mal é invencível". (Jaques Maurtain: Trois Refomateurs 1925).
Era a irremediável, a heresia formal. Destarte se estabeleceu a fonte de todos os seus erros e culpas. O desastre teve como ponto de partido o escrúpulo, a obsessão, o medo de Deus, a rebelião contra tudo e contra todos. E tal espírito doentio jogou-o no abismo. Sabe-se aliás, que um escrupulosos, de um dia para outro, pode cair no excesso oposto ao de seu escrúpulo. Para muitos tal disposição conduz a um laxismo corrptor. Para Lutero, porém, levou-o à fundação de uma nova seita religiosa.
3. Conclusão
Lutero se pervertera, pois, de corpo e alma. Desde então era um decaído, entregue ao vício, perdido em deboches. E, com pouco tempo mais, um revoltoso em franca rebelião contra a sociedade, contra a Igreja e contra Deus.
Narrando este seu estado de ânimo, disse certa vez: "Todos aqueles aos quais eu comunicara o meu estado, me diziam logo: Não compreendo a sua dificuldade. E refletia: será que sou o único a debater-me em situação tão triste, somente eu é que sou tão tentado?... De fato, em toda parte eu via visões horríveis e aparências de fantasmas". (Hausrath: Luther leben, p. 30).
Mesmo a confissão, que a todos os cristãos traz alíveio e paz, veio a ser, para ele, uma fonte de tormentos. Desanimado, procurava recurso de slavação, sem lograr encontrá-lo. Lutero olvidara o doce Cristo que dissera: "Vinde a mim todos vós que sofreis a vos achais carregados, e eu vos aliviarei" (Mat XI, 28).;
O Jesus do tabernáculo, prisioneiro do amor, não era para ele mais do que um juiz encolerizado, sentando-se ameaçador sobre um arco-iris" (Wachters, p.44).
Confesso-te, dizia a um amigo, ainda no mesmo ano de 1516, que a minha vida mais e mais dse aproxima do infoerno; torno-me sempre pior e mais execrável".(Enders I, 16).
Pouco tempo antes, (1515), comunicando seu estado dalma ao superior, Pe. Staupitz, revelou-lhe dolorosamente: "Sou um homem exposto e implicado na má sociedade, na crápula, nos movimentos carnais, em negligências e noutros incômodos a que se vêm juntar os do meu próprio ofício" (Wette I, 232).
Tais palavras deixam entrever com clareza o que era no íntimo a alma de Lutero. Escessivamente orgulhoso a ninguém queria sujeitar-se. Em certos momentos, porém, por mais humilhante que tal se lhe afigurasse, escapava-lhe a confissão da verdade, quais as abafadas labaredas de um incêndio interior, forcejando evadir-se.
Depois, qualquer ocasião favorável mudalr-lhe-ia a obsessão em revolgta externa a entregá-lo, acorrentado, ao domínio das paixões mais abjetas que não conseguira vencer, por desperezar os meios adequados, não renunciar às idéias fixas e esquivar-se à obediência. Convertgerla-se POR MEDO. E ainda o medo fá-lo-á depois cair no lamaçal do vício.
O amor para com Deus e as almas não lograra apossar-se de seu coração. E foi preenchido este vácuo pela rebelião, pelo rancor odiento e pelas baixezas carnais.
Não o impressionou em absoluto a bondade divina. Isolado, porém, na sua miséria, envolto na soberb a, quis ditar leis ao próprio Deus e a ele se impor. Então Deus se afastgou do miserável que o repelira, deixando-o entregue aos instintos das próprio perversidade.
Deus dá a sua graça aos humildes, mas resiste aos sobverbos (Pr 3,34).
Índice do Livro
Capítulo IV