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quinta-feira, 11 de junho de 2009

DLP-IX

Zwinglio e seus insolentes companheiros confessaram lisa e francamente a vida escandalosa de levavam, através de abomináveis torpezas, com mulheres de má vida (Hergen. Hist. T. v. p.98).

Como o Bispo se recusasse a contentá-los, Zwinglio insurgiu-se contra a autoridade eclesiástica e passou a viver escandalosamente, com uma mulher perdida de nome Ana Reinard, viúva de um magistrado, e desta mulher teve um filho (Darras; Hist. Egr. t. 33).



CAPÍTULO IX


OS AUXILIARES DE LUTERO
Índice do Livro

A obra gigantesca, embora nefasta, criada pelo herege de Wittemberg, não deixa de excitar a nossa curiosidade, pois nos parece estranho tenha podido um homem perverso como ele conquistar tamanha ascendência e exerc3r tão grande influência sobre a sua época. De que teria resultado esta sua celebridade?

Os protestantes transformaram Lutero numa espécie de mito, nimbado de glória, mal grado não apresentasse capacidade intelectual ou dotes geniais; hoje, porém, à luz dos documentos e da tradição certa, os espíritos menos apaixonados, mesmo entre os protestantes, reconhecem abertamente que Lutero foi tudo aquilo que vimos descrito atrás e um extremista furioso.

Para vermos a explicação do fato da prepotência e influência de Lutero, cumpre examinemos o ambiente, o espírito da época mais que a personalidade do próprio reformador.

Conhecemos já muito coisa da façanha reformista; pesquisemos agora a vida de seus primeiros companheiros.

Entre ele figuram sobretudo: Zwinglio, Carlostadt, Calvino e Henrique VIII.

1. O FOGOSO ZWINGLIO

Comecemos por Zwinglio, de cujo nome e extravagância já fomos informados através do que pouco através foi dito sobre ele.

Zwinglio nasceu em 1484, em Windlhausen, e era filho de pobres camponeses.

Foi ordenado Padre e nomeado pároco, mas suas criminosas relações com uma mulher obrigaram-no a deixar a paróquia.

E, companhia de um outro apóstata, imoral como ele, dirigiu em 1522 uma petição ao bispo de Constança, rogando-lhe concedesse ao clero autorização para contrair matrimônio.

Neste documento, Zwinglio e seus insolentes companheiros confessaram lisa e francamente a vida escandalosa de levavam, através de abomináveis torpezas, com mulheres de má vida (Hergen. Hist. T. v. p.98).

Como o Bispo se recusasse a contentá-los, Zwinglio insurgiu-se contra a autoridade eclesiástica e passou a viver escandalosamente, com uma mulher perdida de nome Ana Reinard, viúva de um magistrado, e desta mulher teve um filho (Darras; Hist. Egr. t. 33).
Acompanhado de grande número de camponeses protestantizados, Zwinglio entrou nas igrejas e destruiu as imagens e estátuas dos santos e os altares, revolucionando a Suiça toda.
Em 11 de outubro de 1531 morreu o apóstata, ferido na batalha de Cappel, por ele provocada, para invadir 4 distritos católicos; neste combate tomou parte ativa; seu corpo foi apanhado e carbonizado pelos vencedores.
Assim terminou o escândalo do turbulento chefe e fundador do protestantismo na Suiça.
Zwinglio foi um dos que mais atacaram as prerrogativas de Maria Santíssima, negando-lhe a possibilidade de ser virgem.
Lutero, apreciando o seu digno êmulo e discípulo, disse:
“Não posso ler os livros desse homem. São claramente opotos à Igreja. Não somente são condenáveis, mas ainda se tornam causa dea perdição para muito infelizes”
“Zwinglio”, diz ele em outra parte, “morreu e foi condenado”. Note-se que Zwinglio é considerado uma estrela brilhantíssima da seita e um dos seus fundadores, isto é, um homem que dizem ter sido mandado por Deus para extirpar os abusos da Igreja Católica e restabelecer, em toda a sua pureza, a moral evangélica.

2. O ICONOCLASTA CARLOSTADT

Eis outro monstro protestante, notório discípulo do reformador, cuja doutrina aplicou antes dele. Foi obrigado a fugir, tornando-se depois inimigo de seu mestre, pelas divergências ideológicas.
O seu verdadeiro nome era André Bodenstein.
Era um padre apóstata, arcediago de Wittemberg e que levou, como o seu mestre, igual vida de mancebia pública.
No ano de 1521 Carlostadt, o monge apóstata Dídimo, e mais um troço de estudantes e camponeses fanatizados, penetraram nas igrejas, pulverizaram as imagens e estátuas, desmantelaram aos altares, cometendo toda a sorte de roubos sacrílegos; arrasaram mais de mil conventos; incendiaram mais de 300 igrejas e destruíram inúmeros tesouros de manuscritos das bibliotecas.
Foi a chamada guerra dos camponeses, que se estendeu a diversas províncias da Alemanha.
Neste luta fratricida morreram mais de 50.000 homens, iludidos pelos cruéis anabatistas, que procuravam restabelecer a república, sem poder civil e sem autoridade eclesiástica.
Cada qual devia viver sem regra, sem lei, no mais absoluto comunismo, NÃO SÓ QUANTO AOS BENS DA FORTUNA, MAS ATÉ QUANTO ÀS MULHERES.
Do alto do púlpito, Dídimo aconselhou aos pais de família afastasse os filhos dos estudos de humanidades; Carlostadt declarou guerra a todos os conhecimentos humanos: era a dissolução das Universidades, que logo começaram a desmembrar-se.
Melanchton, falando de Carlostadt, diz que: ”... era um homem brutal, desprovido de talento e conhecimentos, e que, muito longe de ter o espírito de Deus, não conhecia nem praticava os deveres inerentes à vida civilizada. Dava provas evidentes de impiedade, condenava todas as leis estabelecidas pelo pagõas e tomava como regra única a lei de Moisés”.
Lutero, mais expressivo ainda, ao julgar este seu fiel discípulo:
“Carlostadt”, disse ele, “se entregou ao seu modo de pensar reprovado. Penso que o pobre do homem tem o diabo na barriga (sic). Tenha Deus piedade de seu pecado que é de morte” (Audin: Hist. Luth. P.457).
Quando Nicolau Stock começou a seita dos anabatistas, Carlostadt abraçou-a.
Os luteranos dizem dele:
“Não se pode negar que Carlostadt tenha sido estrangulado pelo demônio”. É o bastante para se julgar o que foi o feroz herege.




3. O INFAME CALVINO

É a terceira coluna do edifício protestantes...

João Calvino nasceu em Noyon, na Picardia, em 1509. Seus pais eram pobres; educaram-no na religião católica e obtiveram para ele um benefício na Capela de Gesino, na Catedral de Noyon (1521). Em 1523 terminou os seus estudos em Paris, conseguindo depois o curato de Marteville.

O seu espírito começou cedo a dar mostras patentes do que era: volúvel, irrequieto e violento.

Não servindo na milícia aclesiástica, foi para a universidade d’Orleans, onde já haviam penetrado as doutrinas heréticas de Lutero.

Ali Calvino foi arredado das fé por um apóstata jacobino, alemão, seu companheiro de quarto.

Pouco depois travou relações com a rainha de Navarra e abertamente filiou-se à nova seita de Lutero.

Depois de ter andado por diversos países, voltou a Paris e fez-se preceptor no Colégio do Cardeal Lemosine, onde dogmatizava às ocultas.

Descoberto, foi perseguido pelo juiz criminal, mas evadiu-se pela janela, servindo-se de lençóis à maneira de corda. De seu esconderijo do arrabalde de S. Vítor seguiu para Noyon.

Sua ambição desmedida o levou a desejar um benefício superior e mais rendoso do que aquele que já havia recebido. O ambicioso proveito foi concedido ao filho do Condestável de França, cujo pedido foi deferido (Frendenfeld: quadros anal. De Hist. Universal I, II, p.209), por ser o rival requerente muito conhecido pela autoridade eclesiástica, pelas suas idéias luteranas. Por inveja Calvino jurou vingar-se, embora a causa do deferimento fosse principalmente o não merecer o benefício, devido ao seu péssimo comportamento, segundo atestam os protestantes da época.

A dissolução de seus costumes, diz o historiador Frendenfed (Hist. P. 369) era tal que o magistrado de Noyon o condenou como SODOMITA e o fez marcar com ferro em brasa, circunstância que lhe valeu o nome de estigmatizado. O protestante Schlussemburg escreve:

“Por causa da sua doutrina e de outros crimes nefandos de que foi acusado e julgado perante os tribunais, Calvino teve de sujeitar-se à dura necessidade de abandonar a pátria; foi (1534) ferrado nas costas, como um boi bravo, a ferro quente, pela sentença judicial, considerado INFAME e privado de benefícios” (Schlussemburg: Calvino t. II. p.72 – Bolsec: Vida de Calvino e Theod. Beza, ed. De 1835)

Schroek afirma que, após esta saída de Noyon, dirigiu-se Calvino a Genebra, onde Guilherme Tarel e Pedro Viret haviam introduzido a reforma de Zwinglio, cuja reorganização abraçou com tanto empenho e jeito que conseguiu ser considerado reformador ou chefe (Hist. Egr. desde o tempo da reforma, ed.1805, t. II p. 175).

Outro historiador protestante escreve:

“Em 1539 casou-se Calvino em Strasburgo com a viúva Ana Burrié, já por ele pervertida, voltando logo para Genebra, onde se tornou o mais absoluto déspota já visto na face da terra” (Encycl. Real de Damstard. E. 1824 t.; VI. II. p. 225).

O calvinista Galiffe fala assim de seu pai e mestre:

“Calvino é um homem sedento de sangue, criminalmente famoso, sobremaneira intolerante, a cujas vistas ninguém podia ocultar-se; era difícil a alguém livrar-se de sua inexorável vingança” (Gal. Not. Glenealog. Ed. 1836 t. III. P. 21).

Bucero, amicíssimo de Calvino, atesta que era escrito maledicente e a figura mais triste da reforma.

Suas cartas provam arrogância e orgulho desmedidos, e quem o contradissesse era mimoseado com os epítetos de: PORCO, ASNO, CÃO, TOURO, BÊBADO, ENDEMONIADO.

A Westphale, luterano, que o chamou declamador, ele respondeu nestes termos:

“Tua escola é um fétido chiqueiro... ouves-me, cão? Ouves-me, frenético? Ouves-me, animal?”

Querendo dar-se ares de taumaturgo, pretendeu realizar um dia publicamente um milagre, fazendo reviver um companheiro das suas devassidões, chamado Brulé.

Para isso, este se fingira de morto, e sua mulher, cúmplice da hipocrisia, ficou chorando perto do pretenso cadáver do marido, na ocasião em que Calvino passava por ali. Soluçado, a mulher dirigiu-se a Calvino, comunicando-lhe a morte de seu marido. Este consolou-a, dizendo que ia ressuscitar o defunto, para provar a sua missão de reformador.

Aproximando-se do morto simulado, ordenou, em nome de Deus, que ele se levantasse; mas... Infelizmente, por castigo de Deus, o homem ficara realmente morto.

A mulher exasperada, proclamou em altas vozes a sacrílega hipocrisia” (Narrada pelo santo Cardeal Belarmino).

A história do médico Servet dá testemunho do espírito vingativo do apóstata.

Servet (Miguel Vilanova) havia escrito uma livro contra os erros de Calvino. Este jurou matá-lo. Enviou uma carta ao cardeal Tournon, vice-rei da França, acusando Servet de heresia, o que fez exclamar o Cardeal:

“Um herege acusando outro”

Pouco depois Servet foi preso em Viena, por ordem de Calvino, e, poucos dias após, condenado à morte, a fogo lento, e executado com grande satisfação do herege.

O seu mestre, que lhe havia inspirado a heresia, fala dele neste termos:

“Calvino é violento e perverso, mas, tanto melhor, é este o homem de que precisamos para dar impulso à nossa reforma”.

Calvino é a mais asquerosa figura que apresentou a pretensa reforma protestante: verdadeiro monstro de corrupção e de hipocrisia.

Todos os seus passos eram calculados, e dizia-se que os seus olhos, despedindo uma chama impura, lançavam olhares mortais.

O fim de Calvino foi a digna conclusão de uma tal vida. Vivera na lama, morreu na podridão.

Eis com que termos ela foi descrita pelo protestante Schlussemburg:

“Tal foi o golpe com que Deus feriu Calvino, com a sua mão poderosa, que ele exalou miseravelmente sua má alma, desesperado de sua salvação, invocando os demônios e proferindo imprecações as mais execráveis, e blasfêmias as mais horrorosas”.

“Ele morreu de febre maligna, devorado, de modo mais ignóbil e degradante, por um formigueiro de vermes, e consumido por abscessos ulcerosos, cujo infecto nenhum dos assistentes podia suportar” (Th. Calvino 1594, t.2l. p. 72).

Esta narração é confirmada por um discípulo de Calvino, João Harem, testemunha ocular de sua morte e que assim se refere:

“Calvino morreu como desesperado, tendo uma dessas mortes vergonhosas e degradantes com que Deus pune os ímpios e os reprovados, depois de ter sido atormentado por longos e horríveis sofrimentos: eu o posso atestar, em verdade, porque vi com meus próprios olhos seu fim funesto e trágico”(Horenius, vida de Calvino)

Diz ainda o mesmo Horenius:

“Calvino, infeliz Calvino! Só quem estiver cego deixará de ter na história as passagens mais infamantes que pesam sobre esse homem fundador do presbiterinismo”

4. O SANGUINÁRIO HENRIQUE VIII






Henrique VIII, rei da Inglaterra, ocupa um lugar de honra entre os cortesãos da libertinagem protestante.

A princípio, mostrou-se zeloso defensor da Igreja Católica, tendo até redigido um livro contra Lutero, em defesa do Pontificado Romano.

Oferecendo este livro ao Santo Padre, o rei lhe escreveu:

“Quis dar a conhecer a todos que estou disposto a defender em todo o tempo e a proteger a Igreja Romana, não só com a força e com as armas, mas até com as produções da minha inteligência”.

Infelizmente o coração do rei era fraco e inclinado aos amores sensuais; bastou este vício, com, aliás, aconteceu com a maior parte dos reformadores, paras ele sacrificar sua fé à inclinações de seu amores desordenados.
Catarina de Aragão
Era Henrique VIII legitimamente unido com Catarina de Aragão, quando começou a nutrir paixão criminosa opor Ana Bolena.

Par satisfazer ao seu desejo, pretendeu anular o seu primeiro matrimônio, a fim de casar-se com sua infeliz amante.

Nada poupou para conseguir o seu intento: ofereceu valiosos donativos, prelaturas, para atrair adeptos – todos os meios de corrupção foram por ele empregados; O pontífice Romano ficou inflexível, não querendo, de modo algum, desviar-se da máxima do Evangelho: O QUE DEUS JUNTOU NÃO O SEPARE O HOMEM.
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>CRANMER<<<<<<<<<<



































À vista desta firmeza, o adulador do rei, Thomas Cranmer, sugeriu a Henrique a diabólica idéia de se proclamar, ele mesmo, pontífice da Igreja da Inglaterra, e declarar dissolvido o seu matrimônio, arrogando-se, desta maneira, a supremacia espiritual do seu reino.

Antes de realizar este plano, Henrique recorreu a Lutero e a Melanchton, consultando-os sobre a realização de seu projeto.

Lutero não o estimava muito e já o havia chamado antes, em sua linguagem desabrida: asno coroado, canalha, ateu, goela real, porco tomista, etc.






Tendo conhecimento desses planos do rei, o reformador mudou de tom, aplaudiu-o e esperou ganhá-lo à sua causa. O maluco Henrique tornou-se de novo, na expressão de Lutero: Majestade, Alteza Real, etc.

Numa carta, datada de 21 de setembro de 1535, Lutero exprimiu o desejo de que o Rei da Inglaterra aceitasse o Evangelho e permitisse a pregação de reforma em seu reino.

Melanchton escreveu então, em nome de Lutero, ao rei:

“O rei pode ter a consciência sossegada; tome uma segundo mulher, e conserve também a primeira, porque a multiplicação de esposas não é proibida pela lei de Deus e não deve ser considerada como coisa extraordinária”.

Henrique VIII seguiu o conselho e o ultrapassou até. Aliás, a advertência de Melanchton recebeu plena confirmação de Cranmer, seu grande conselheiro e primeiro arcebispo protestante.

Instigado pelo infame Crammer que havia sido padre, mas levava uma vida criminosa, por ter, ao mesmo tempo, relações ilícitas com certa mulher na Alemanha e com outra na Inglaterra (Cobbet: Carta III. N. 98), Henrique VIII lançou-se em todas as aberrações de uma vida dissoluta.
>>>>>>ANA BOLENA<<<<<
O historiador da reforma da Inglaterra, o protestante Guilherme Cobbet nos diz francamente que o motivo único por que Henrique VIII abandonou a Igreja Católica e se fez chefe reformador, foi A LASCÍVIA que o dominava. Quis casar-se com Ana Bolena, não obstante ter quase certeza de ela ser sua filha, conforme provou o Dr. Baytey, citado pelo referido autor; Ana era criada ou dama de honra da rainha Catarina, sua mulher, com quem casara, consciente o Parlamento e a Santa Sé, que lhe dispensara o impedimento de afinidade que os ligava. Vivendo a primeira mulher, não podia a Santa Sé conceder-lhe dispensa para tal casamento; por isso, revoltou-se Henrique contra o Papa e se fez reformador





Quando efetuou sua união com Ana, ESTE JÁ ESTASVA GRÁVIDA. Pouco depois de casado, mandou decapitar a infeliz para desposar outra vez Joana Seymour.




JOANA SEYMOUR






Este foi o motivo único da reforma na Inglaterra, como afirmam todos os historiadores mais imparciais, à exceção de Hume e Bornet que, conforme assevera Cobbet, escreveram suas histórias para assegurar os benefícios rendosos de que tinham sido investidos.

Lorde Fritz-Willizm, com toda a imparcialidade de homem honesto, escreve a este respeito as seguintes palavras:

“Para honra de minha terra (é inglês) quisera não falar a respeito do motivo principal, que foi a causa deste grande acontecimento (a reforma); poderei calar sem incorrer na pecha de parcial? Devo, portanto, dizer que esse motivo principal foi a paixão desonesta de Henrique por Ana Bolena”.

Para arrancar a fé católica da alma de seus súditos, o incestuoso Henrique, mandou decapitar milhares de pessoas, entre as quais figuram:

2 cardeais;
18 bispos;
13 abades;
2 rainhas;
12 duques e condes;
164 barões;
500 religiosos e
38 doutores de teologia e jurisprudência.
(Hergensother: t. III. P. 164).

Lutero, iludido em sua esperança de ver Henrique adotar os seus erros, escreveu-lhe:

“Quero deixar-lhe um momento de descanso, pois tenho como ocupação a Bíblia a traduzir, sem falar de outros afazeres. De outra vez, tomarei tempo para responde a essa boca real que leva mentira e veneno!...”

É esta a verdadeira origem do cisma anglicano.

Todos os historiadores são concordes em apresentar Henrique VIII com o caráter odioso de um monstro coroado, de um rei sanguinário.

Ao separar a Inglaterra de Roma, ele não tentou inovar coisa alguma, exceto o ponto da supremacia espiritual, mandando para o patíbulo, presos com as mesmas cadeias, tanto os católicos romanos que não reconheciam a supremacia espiritual, como os luteranos e os sacramentários que negavam outros artigos da fé.

Numa palavra, tentou formar uma igreja CATÓLICA que não fosse romana. Enganou-se como todos os hereges, pensando poder conservar a integridade da fé, separando-se do centro de unidade católica.

Não foi precisamente Henrique VIII o fundador do anglicanismo, mas sim Cranmer.

O nome deste monstro, diz Cobbet, devia ser eternamente um objeto de execração.

Este miserável, acostumado ao assassínio, à perfídia, à impiedade, à blasfêmia, morreu no meio das chamas que ele mesmo havia ateado (Cobbet. Carta II. n.64).

Henrique, no ocaso de sua vida, foi detestado por todos, deixando após si a fama de ter sido tão cruel como os mais terríveis tiranos da Roma pagã. Ao expirar, disse aos que o rodeavam:

“Perdemos tudo: o estado, a fama, a consciência e o bem!”





Catarina de Aragão, de 1509 a 1533 ("divorciada")




Ana Bolena, os três anos seguintes (executada)




Jane Seymour, de 1536 a 1537 (morta 12 dias após dar à luz Eduardo VI)




Ana de Clèves (repudiada pouco após o casamento, em janeiro de 1540)




Catarina Howard (executada em fevereiro de 1542 com menos de 20 meses de vida em comum)




Catarina Parr ficou viúva em 1547 após uma união de três anos e meio

5. OUTROS COLABORADORES

Ao lado dos chefes principais vão-se enfileirando outros colaboradores, porém cada um mais perverso e mais viciado que o outro.

E quem ganhará o prêmio de libertinagem e da revolta?




------Melanchton
Melanchton escreveu uma série de cartas contra os demais protestantes e pediu a Deus houvesse um homem que matasse Henrique VIII (Watch XX).

Por sua versatilidade, morreu maldito pelos seus e privado da sepultura eclesiástica (Dillinger t. I p.343).





Belíssima pintura de Menzel - O Flautista






CARLOSTADT, cônego e arcediago de Wittemberg, foi um dos primeiro a seguir Lutero juntamente com JONAS, cônego também; mas, como diz ADOLFO MENZEL, foram também os primeiros a se casarem com muito escândalo e desgosto do Eleitor Filipe, a que pouco depois Lutero, Melanchton e Bucero concederam licença para ter simultaneamente DUAS MULHERES LEGÍTIMAS.








MARTINHO BUCERO era frade dominicano; para seguir Lutero, abandonou o hábito e casou-se “A FIM DE MORTIFICAR A CARNE” (?). Morreu de peste. Como professor de teologia na Inglaterra, para onde chamara Cranmer, ensinou que DEUS É O VERDADEIRO AUTOR DO PECADO e a ele é que devem ser imputadas as faltas dos homens.



























JOÃO ECOLAMPÁDIO
CAPITÃO era cônego e até deão do Cabido de Mogúncia, quando se declarou pela reforma. Era muito amigo de Ecolampádio, cuja mulher desposou quando ele faleceu, sem dúvida como bom evangélico, “UT SUSCITARET SEMEN FRATRI SUO” (para lhe dar descendentes).

AMSDORF, a quem Lutero tinha feito bispo, foi o chefe da SEITA ANTINOMIANA que rejeitava o DECÁLOGO, por bastar a fé e que tudo justifica. Eis em que termos os teólogos protestantes expõem o ensino antinomiano:












NICOLAU AMSDORF
“Ainda que sejas uma prostituta ou um debochado, adúltero ou pecador impenitente, é bastante teres fé, e estarás no caminho da salvação. Embora cheio de pecados até ao pescoço, se creres, serás salvo. Manda os mandamentos ao diabo”.

“Só a incredulidade torno o homem mau, e, como só a fé justifica, ninguém peca senão pela incredulidade” (De Antinomia p.90 e 98)

Morreu, lamentando-se de que todos os vícios e particularmente a bebedeira, a libertinagem e a usura se tivessem assenhoreado do povo evangélico (De Antinomia p. 68 e 77).

ECOLAMPÁDIO, tornando-se apóstata, fugiu do convento, fez-se discípulo de Zwinglio e logo se apaixonou por uma moça com que se casou sacrilegamente, o que fez Erasmo dizer:

“Parece que a reforma tem por fim tirar o hábito de alguns monges e casar alguns padres. Esta grande tragédia termina sempre por acontecimento cômico, pois tudo acaba no casamento, como nas comédias” (Dillinger. A Reforma t. II, p. 113).

Desde esse tempo, sua vida foi um tecido de dissimulações, morrendo subitamente, ao lado da mulher com quem se unira.

“Tal foi”, disse Lutero, “o triste fim de ECOLAMPÁDIO, enganado pelo diabo em punição aos seus deboches” (Bossuet Hist. Várias I. II. parágr. 26)





FAREL, BEZA, VIRET E CALVINO <<<<
































THEODORO BEZA, “alter ego” de Calvino, nascido em Vezelay de Borgonha, teve Wolmar por mestre, e desde muito moço mostrou-se o libertino que viria a ser. Fugiu de Paris com madame Cláudia, mulher de um alfaiate, e com ela se casou em Genebra, estando ainda vivo o primeiro marido dela. Esta mulher teve de sofrer muito por causa do número não vulgar DAS VIRTUOSAS que freqüentavam a casa de seu marido (Audin, Hist. Lutero, t. II, p.286).
Finalmente HESHUSIUS escreve a respeito de Beza o seguinte:

“Beza, por causa de seus depravados costumes, foi a desonra das honestas disciplinas; não satisfeito de, como animal imundo, se enlodar no lamaçal das mais vergonhosas torpezas, quis ainda contaminar com suas infâmias os ouvidos da mocidade estudiosa” (C.Schlusselburg).

“Tomás Cranmer (o braço direito de Henrique VIII), antes de ser sacerdote, foi casado.”, diz Cobbet, “Depois de ordenado e feito VOTO DE CELIBATO, residindo na Alemanha, e tendo-se feito protestante, casou-se, ou, melhor, “juntou-se” a uma mulher” (Filemann Heshusius, “Da Verdadeira e Sã Confissão”).

Foi nomeado bispo de Cantorbery, iludindo a Sá Romana e declarando que a nada obrigava o seu juramento de obediência. Foi um adulador das paixões e caprichos de Henrique VIII.

Em 1535 proclamou a nulidade do casamento da Ana Bolena, como antes declarara nulo o de Catarina de Aragão. E, 1540 anulou ainda outro casamento de Henrique com Ana de Cleves e, em 1541, mais um do rei com Catarina Howard.

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