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CAPÍTULO XIIIOS SANTOS E A SANTIDADE
CAPÍTULO XIIIOS SANTOS E A SANTIDADE
Há na Igreja Católica um fenômeno que não se estuda nem se penetra bastante, e que é, entretanto, a grande, a irrefutável e palpável prova de sua DIVINDADE: SÃO OS SANTOS.
Exclusivamente o Catolicismo, entre todos os grupo religiosos, possui SANTOS.
Que é um santo?
É uma pessoa que, durante a vida, chegou a praticar heroicamente todas as virtudes, e depois da morte manifesta esta heroicidade, fazendo milagres em favor dos seus irmãos na terra.
Demonstrando a sua ignorância, os protestantes acusam a Igreja Católica de FAZER santos.
A Igreja não faz santos; declara, apenas, que tal homem, operando milagres, mostra ser santo; e, depois de examinar e verificar tais fatos miraculosos e extraordinários, ela CANONIZA o santo, inscrevendo-o no cânon ou lista dos seus heróis vitoriosos.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Só Deus pode fazer milagres e comunicar este poder a seus amigos.
Quando um homem realiza milagres atesta ser amigo de Deus; e Deus, dando tal poder a um homem, aprova-lhe a doutrina e a vida, de modo que o milagre provém da divindade e torna digno de crédito quem o executa.
Não há no protestantismo um só homem, nem mesmo Lutero, o seu fundador, que tenha feito milagres. A Igreja Católica, pelo contrário, conta aos milhares os seus santos. É a prova irrefutável e visível de seu caráter divino.
Ninguém dá o que não tem.
Se a Igreja Católica produz santos, é porque tem consigo a santidade, é porque é santa.
Se o protestantismo não produziu um único santo, desde Lutero até hoje, é porque não possui santidade.
SANTIDADE e DIVINDADE são dois termos que se confundem.
O DIVINO manifesta-se pelo milagre e prova-se pela santidade.
O Concílio de Trento foi a promulgação da santidade da Igreja, contra a implacável guerra de infâmias, acusações movidas pelo “reformador”. Veremos agora como esta santidade, tal um fagulha divina, foi penetrando e iluminando o mundo.
Este fato constitui uma das páginas mais fulgurantes da invencível instituição de Cristo.
É este fato que vamos averiguar neste capítulo.
Exclusivamente o Catolicismo, entre todos os grupo religiosos, possui SANTOS.
Que é um santo?
É uma pessoa que, durante a vida, chegou a praticar heroicamente todas as virtudes, e depois da morte manifesta esta heroicidade, fazendo milagres em favor dos seus irmãos na terra.
Demonstrando a sua ignorância, os protestantes acusam a Igreja Católica de FAZER santos.
A Igreja não faz santos; declara, apenas, que tal homem, operando milagres, mostra ser santo; e, depois de examinar e verificar tais fatos miraculosos e extraordinários, ela CANONIZA o santo, inscrevendo-o no cânon ou lista dos seus heróis vitoriosos.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Só Deus pode fazer milagres e comunicar este poder a seus amigos.
Quando um homem realiza milagres atesta ser amigo de Deus; e Deus, dando tal poder a um homem, aprova-lhe a doutrina e a vida, de modo que o milagre provém da divindade e torna digno de crédito quem o executa.
Não há no protestantismo um só homem, nem mesmo Lutero, o seu fundador, que tenha feito milagres. A Igreja Católica, pelo contrário, conta aos milhares os seus santos. É a prova irrefutável e visível de seu caráter divino.
Ninguém dá o que não tem.
Se a Igreja Católica produz santos, é porque tem consigo a santidade, é porque é santa.
Se o protestantismo não produziu um único santo, desde Lutero até hoje, é porque não possui santidade.
SANTIDADE e DIVINDADE são dois termos que se confundem.
O DIVINO manifesta-se pelo milagre e prova-se pela santidade.
O Concílio de Trento foi a promulgação da santidade da Igreja, contra a implacável guerra de infâmias, acusações movidas pelo “reformador”. Veremos agora como esta santidade, tal um fagulha divina, foi penetrando e iluminando o mundo.
Este fato constitui uma das páginas mais fulgurantes da invencível instituição de Cristo.
É este fato que vamos averiguar neste capítulo.
1. OS PAPAS
A primeira irradiação das santidade da Igreja é o papado, que tem sido demais combatido e caluniado pelos inimigo da Igreja.
Lutero o sabia por demais, e, em conseqüência, acumulou contra contra a Santa Sé e os seus ocupantes, os Pontífices Romanos, todos os trovões e os relâmpagos de sua raiva e de suas falsidades.
O certo é que, no tempo da reforma, houve uma sucessão admirável de Papas ilustres e santos.
A primeira irradiação das santidade da Igreja é o papado, que tem sido demais combatido e caluniado pelos inimigo da Igreja.
Lutero o sabia por demais, e, em conseqüência, acumulou contra contra a Santa Sé e os seus ocupantes, os Pontífices Romanos, todos os trovões e os relâmpagos de sua raiva e de suas falsidades.
O certo é que, no tempo da reforma, houve uma sucessão admirável de Papas ilustres e santos.
Leão X, da ilustre família dos Médicis, amante da paz e das ciências, logo ao aparecer o protestantismo, descobriu-lhe o veneno e a perversidade e lançou contra o seu fautor os primeiros anátemas.
Adriano VI (1522-1523), piedoso e ativo ao mesmo tempo, dedicou-se de corpo e alma à extinção da nova heresia, à derrota dos turcos e à reforma dos abusos que penetravam na Igreja.Clemente VII sacrificou-se em prol da cristandade do novo mundo.
Paulo III (1534-1549) Em meio de mil dificuldasde teve a honra de abrir o Concílio de Trento.
Júlio III (1549-1555) prosseguiu com todo zelo a condenação da heresia.
Paulo IV (1555-1559), eleito aos oitenta anos, mostrou um ardor e atividade incansáveis, abrangendo todas as necessidade da Igreja.
Pio IV (1559-1566) continuou e terminou o Concílio de Trento, aprovou seus decretos e promoveu-lhe corajosamente a execução, coadjuvado poderosamente pelo seu sobrinho São Carlos Borromeu, arcebispo de Milão.
S. Pio V (1566-1572) mandou publicar o Catecismo do Concílio de Trento, reformou o Missal e o Breviário; milagrosamente foi informado por Deus sobre a vitória de Lepanto.
Gregório XIII (ar72-5385) reformou a Calendário e dirigiu os destinos da Igreja como um santo e um sábio que era.
Sixto V (112585-590) FOI UM Pontífice admirado por sua ciência e santidade; ordenou a revisão dos livros santos e deu aprovação à nova edição da VULGATA.
Clemente VIII 1592-1605) terminou o século, emprestando ao jubileu secular de 1600 um brilho denotador da pujança da Igreja, resplandecente de vida e santidade. Todos estes insignes Pontífices acuparam a cátedra de Pedro no tempo do infausto reformador. Não podia haver sucessão mais refulgente e, por isso, foi tão atacada.2. AS ORDENS RELIGIOSAS
Enquanto à frente dos destinos da Igreja a divina Providência colocava Pontífices de alto saber e de profunda virtude, suscitava no seio da imortal instituição um verdadeiro exército de ordens e congregações religiosas, destinadas a combater os hereges, restabelecendo a verdade no mundo inteiro, reformando as diversas categorias da sociedade combalida.
No intuito de restituir ao clero a sua primitiva pureza, a Igreja estabeleceu diversas congregações de clérigos regulares, cujo fim particular, pelo amor ao estudo e à regularidade, era combater as más doutrinas e instruir os povos.
Entre estes institutos sobressaem com particular brilho:
Os TEATINOS, ou clérigos de São Caetano, fundados por São Caetano de Thiene e o bispo Pedro Caraffa, em 1524, sujeitos à mais extrema pobreza.
Os CAPUCHINHOS, REFORMA DOS FRANCISCANOS, POR Meteus Bassi, em 1528, dedicados ao mais exato cumprimento de sua regra. Tomaram o seu nome do capuz usado por eles; têm barba comprida e chegaram a ser independentes em 1619.
Os BARNABITAS, fundados em Milão, por Santo Antônio Zacarias. O seu nome lhes veio do mosteiro de S. Barnabé, cedido aos primeiros religiosos. Paulo III, intitulou-os: clérigos de S. Paulo.
Os ORATORIANOS, ou Congregação do Oratório. Foi fundada em Roma, por S. Felipe Nery, e confirmada em 1574.
Os OBLATOS, congregação de clérigos seculares, vivendo em comum, fundada por São Carlos Borromeu, em 1578.
Os CLÉRIGOS REGULARES MENORES, fundados por S. Francisco de Caracciolo e João Adorno, em 1588.
Os JESUITAS, Ordem religiosa especialmente mandada por Deus para embargar a marcha do protestantismo e reprar os estragos ocasionados pela REFORMA. Teve por fundador Santo Inácio de Loyola, nascido na Espaanha em 1495. Paulo III, em 1540, abençoou a aprovou as Constituições da COMPANHIA DE JESUS, solenemente reconhecidas mais tarde, no Concílio de Trento (Sessão XXV. e. 16).
Sua missão particular é combater o erro, por meio de vasta e profunda erudição. A obra da instrução e educação da mocidade é um dos seus fins principais, com a propagação da verdadeira fé nos países católicos, protestantes e infiéis.
Até hoje a Companhia de Jesus tem sido sempre a auxiliar mais poderosa e dedicada da Igreja Católica.
A estes Institutos vêm juntar-se outras congregação de menos importância sem dúvida, mas igualmente benfazejas. Citemos entre outras:
A CONGREGAÇÃO DE SOMASCA, estabelecida em 1528, por S. Jerônimo Emiliano, para a educação dos órfãos.
As URSULINAS, fundadas por Santa Ana de Bréscia, em 2537, para a educação das meninas.
Os IRMÃOS HOSPITALARES, fundados por S. João de Deus, em 1549, tendo por fim aliviar e curar a mais terrível das moléstias humanas: a loucura.
Os PADRES MINISTROS DOS ENFERMOS, fundados por S. Camilo de Lelis, em 1584, cujo empenho é ficar à cabeceira dos doentes mais desvalidos, nas épocas de desgraças e de pestes, sacrificando-se até à morte.
Os PADRES DA DOUTRINA CRISTÃ, fundados pelo venerável cônego César de Bus, em 1592, consagrados à instrução religiosa da mocidade.
Este surto de Institutos religiosos no meio das lutas do protestantismo demonstra o vigor do espírito cristão e da fé, revalizando na pessoa de seus membros, na tarefa de destruir o erro e tornar vitoriosa a verdade no meios cultos e obscuros.
3. OS SANTOS DESSA ÉPOCA
Os santos são o produto direto da santidade da Igreja. Todas as épocas apresentam os seus santos, porque, mesmo nos tempos de decadência geral, quer Deus mostrar que se a humanidade decai, enfraquece, a sua Igreja continua sempre santa e santificadora.
Fato curioso na história: MAIS É COMBATIDA A IGREJA, MAIOR NÚMERO DE SANTOS BROTA DE SEU SEIO DIVINO. É assim que vemos uma legião admirável de homens apostólicos e verdadeiros heróis nos barulhentos dias ao aparecer da famigerada Reforma, cujos fautores, ao lado dos nossos santos, não passavam de triviais impostores a serviço de satã.
Ao lado de Santo Inácio e outros já mencionados, vemos surgir São Francisco Xavier, S. Carlos borromeu, S. Francisco de Sales, Santa Teresa, S. Francisco de Bórgia, o Papa S. Pio V, S. Tomás de Vilanova, S. Pedro de Alcântara, S. Estanislau Koska, S. Luis Gonzaga, S. João das Cruz, Bartolomeu dos Mártires, S. Belarmino, etc.
S. Inácio de Loyola, nascido na Biscaia (Espanha), em 1495, tocado pela graça, deixou a carreira das armas, consagrou-se a Deus pelo voto de castidade perpétua, retirou-se à pequena cidade de Manresa e ali se entregou ao exercício da mais austera penitência.
É ali que compôs o admirável livro dos EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS que, no dizer de São Francisco de Sales, salvou tantas almas quantas letras encerra.
Como peregrino, dirigiu-se depois aos lugares santos, acabando os seus estudos em Paris, onde converteu S. Francisco Xavier, e com mais quatro companheiros deu princípio à Companhia de Jesus.
S. FRANCISCO, nascido no castelo de Xavier, em Navarra, em 1506 e convertido em Paris por S.Inácio foi destinado às missões das Índias Orientais, pregou o Evangelho, estabeleceu a fé em 52 reinos e batizou com suas próprias mãos mais de um milhão e cem mil idólatras.
Após uma vida repleta de milagres, mesmo de multíplices ressurreições de mortos, faleceu no meio das suas missões e dois séculos depois o seu corpo foi encontrado em perfeito estado de conservação.
S. FRANCISCO DE BÓRGIA veio à luz no reino de Valença (Espanha), em 1510, de uma família ilustre. Casado e já santo no matrimônio, deixou o mundo depois da morte de sua mulher e entrou na Companhia de Jesus, de que foi o terceiro superior geral. Após relevantes serviços à Igreja e à sua Ordem morreu em Roma no ano de 1572.
S. CARLOS BORROMEU nasceu na Lombardia, em 1538. Foi cardeal e arcebispo de Milão desde a idade de 23 anos. Era sobrinho do Papa IV que o encarregou juntamente com outros sacerdotes e religiosos ilustres da composição do catecismo do Concílio de Trento, publicado depois pelo papa Pio V.
Foi um verdadeiro apóstolo e restaurador da disciplina eclesiástica na Itália. Morreu em 1584, deixando obras de subido valor dogmático e moral.
S. PIO V, PAPA, era religioso dominicano. Consagrou-se inteiramente ao serviço da Igreja, desenvolvendo em zelo admirável, revelando uma firmeza sem vacilação contra as seitas protestantes. Foi um modelo de mortificação e heróicas virtudes.
Por ocasião da invasão dos muçulmanos, na ilha de Chipre, o Papa usou de seu poder para reunir um exército formidável, mandado por D. João de Áustria, entregando-lhe o estandarte e prometendo-lhe a vitória pela proteção da Santíssima Virgem, o que se realizou na célebre batalha de LEPANTO, onde morreram 32.000 turcos, houve 3.500 prisioneiros e foram libertados 15.000 escravos cristãos. O Papa morreu neste mesmo ano.
S. TOMÁS DE VILANOVA era agostiniano. Foi nomeado bispo de Valença. Brilhou pelas suas virtudes, seus talentos e, mormente por sua caridade para com os pobres. Morreu em 1555.
S. PEDRO DE ALCÂNTARA, franciscano, fez-se particularmente admirar por suas penitências extraordinárias. Morreu em 1562. Temos dele 2 livros de valor: DA PAZ DA ALMA e DA ORAÇÃO MENTAL.
SANTO ESTANISLEU DE KOSTKA, filho de um senador polaco. Era estudante jesuíta, distinguiu-se desde os mais tenros anos por uma pureza Angélica e uma ardente devoção à Maria Santíssima. Morreu em 1568 com 18 anos de idade.
S. LUIS DE GONZAGA, da família dos príncipes de Mântua; entrou na Companhia de Jesus, onde se distinguiu pela prática de todas as virtudes, particularmente por sua modéstia e puereza angélicas. Morreu em 1591, aos 23 anos de idade.
O VENERÁVEL JOÃO D’ÁVILA, foi um homem poderoso em obras e em palavras, um prodígio de penitência, um gênio universal, uma glória do sacerdócio. Deixou vários tratados de piedade e morreu em 1569.
SANTA TERESA D’ÁVILA foi um verdadeiro prodígio de amor. Com 21 anos de idade entrou no Carmelo e nele viveu quase meio século. Reformou as Carmelitas e, auxiliada por S. João da Cruz, reformou também os Carmelitas.
A santa fundou 30 mosteiros reformados: 16 de religiosas e 14 de religiosos. Compôs obras de alta espiritualidade. O povo chamava-a: Doutora da Igreja. Morreu em 1581, no convento de Ubédia.
S. JOÃO DA CRUZ foi a primeira flor do Carmelo reformado. Homem de extraordinária penitência, foi também um místico de Jesus crucificado. Temos dele obras de alto valor de misticismo como “A Subido do Carmelo”. Morreu em 1501.
LUIS DE LGRANADA, dominicano, nesta mesma época ilustrava sua Ordem. Era homem de oração contínua, deixando-nos diversos livros de piedade até hoje estimados.
O VENERÁVEL BARTOLOMEU DOS MÁRTIRES, igualmente dominicano. Foi arcebispo de Braga e um luzeiro do Concílio de Trento. Demitiu-se do arcebispado e morreu em sua cela de religioso, em 1590.S. FRANCISCO DE SALES é como a chave de ouro com que encerra esta galeria de santos, uns contemporâneos de Lutero e outros posteriores de poucos anos. Nasceu em 1567, no castelo de Sales (Genebra). Ordenado sacerdote começou o seu ministério em Chablais, onde converteu 70.000 hereges.
Eleito coadjutor do bispo de Genebra, sucedeu ao bispo falecido, e durante 20 anos foi um modelo perfeito de todas as virtudes, sobretudo de mansidão, de uma bondade sem limites.
Morreu em 1622, deixando-nos muitas obras espirituais incomparáveis, que o fizeram Doutor da Igreja.
4. SÁBIOS DA ÉPOCA
Jamais será bastante salientado um fato providencial a demonstrar admiravelmente a providência de Deus, no governo de sua Igrejas: enquanto o inferno assesta todas as baterias de guerra para destruir a Igreja, Deus suscita uma plêiade de homens extraordinários, pelo virtude e pelo saber, para combaterem o erro e defenderem a Igreja.
Não se pode negar terem sido terríveis os golpes de Lutero.
Deus deixou fazer... deixou podar a árvore da Igreja, deixou a heresia como que capinar o jardim das doutrinas, para lançar os restos apodrecidos no “quintal” do protestantismo; em compensação, porém, suscitou ele jardineiros habilitados para replantar este jardim e reedificar os edifício espirituais ruídos ao fragor da batalha.
Ao lado dos santos já citados, encontramos uma legião de sábios a desenvolverem, no terreno científico, ação idêntica à dos santos, no terreno espiritual.
Os santos são o produto direto da santidade da Igreja. Todas as épocas apresentam os seus santos, porque, mesmo nos tempos de decadência geral, quer Deus mostrar que se a humanidade decai, enfraquece, a sua Igreja continua sempre santa e santificadora.
Fato curioso na história: MAIS É COMBATIDA A IGREJA, MAIOR NÚMERO DE SANTOS BROTA DE SEU SEIO DIVINO. É assim que vemos uma legião admirável de homens apostólicos e verdadeiros heróis nos barulhentos dias ao aparecer da famigerada Reforma, cujos fautores, ao lado dos nossos santos, não passavam de triviais impostores a serviço de satã.
Ao lado de Santo Inácio e outros já mencionados, vemos surgir São Francisco Xavier, S. Carlos borromeu, S. Francisco de Sales, Santa Teresa, S. Francisco de Bórgia, o Papa S. Pio V, S. Tomás de Vilanova, S. Pedro de Alcântara, S. Estanislau Koska, S. Luis Gonzaga, S. João das Cruz, Bartolomeu dos Mártires, S. Belarmino, etc.
S. Inácio de Loyola, nascido na Biscaia (Espanha), em 1495, tocado pela graça, deixou a carreira das armas, consagrou-se a Deus pelo voto de castidade perpétua, retirou-se à pequena cidade de Manresa e ali se entregou ao exercício da mais austera penitência.
É ali que compôs o admirável livro dos EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS que, no dizer de São Francisco de Sales, salvou tantas almas quantas letras encerra.
Como peregrino, dirigiu-se depois aos lugares santos, acabando os seus estudos em Paris, onde converteu S. Francisco Xavier, e com mais quatro companheiros deu princípio à Companhia de Jesus.
S. FRANCISCO, nascido no castelo de Xavier, em Navarra, em 1506 e convertido em Paris por S.Inácio foi destinado às missões das Índias Orientais, pregou o Evangelho, estabeleceu a fé em 52 reinos e batizou com suas próprias mãos mais de um milhão e cem mil idólatras.
Após uma vida repleta de milagres, mesmo de multíplices ressurreições de mortos, faleceu no meio das suas missões e dois séculos depois o seu corpo foi encontrado em perfeito estado de conservação.
S. FRANCISCO DE BÓRGIA veio à luz no reino de Valença (Espanha), em 1510, de uma família ilustre. Casado e já santo no matrimônio, deixou o mundo depois da morte de sua mulher e entrou na Companhia de Jesus, de que foi o terceiro superior geral. Após relevantes serviços à Igreja e à sua Ordem morreu em Roma no ano de 1572.
S. CARLOS BORROMEU nasceu na Lombardia, em 1538. Foi cardeal e arcebispo de Milão desde a idade de 23 anos. Era sobrinho do Papa IV que o encarregou juntamente com outros sacerdotes e religiosos ilustres da composição do catecismo do Concílio de Trento, publicado depois pelo papa Pio V.
Foi um verdadeiro apóstolo e restaurador da disciplina eclesiástica na Itália. Morreu em 1584, deixando obras de subido valor dogmático e moral.
S. PIO V, PAPA, era religioso dominicano. Consagrou-se inteiramente ao serviço da Igreja, desenvolvendo em zelo admirável, revelando uma firmeza sem vacilação contra as seitas protestantes. Foi um modelo de mortificação e heróicas virtudes.
Por ocasião da invasão dos muçulmanos, na ilha de Chipre, o Papa usou de seu poder para reunir um exército formidável, mandado por D. João de Áustria, entregando-lhe o estandarte e prometendo-lhe a vitória pela proteção da Santíssima Virgem, o que se realizou na célebre batalha de LEPANTO, onde morreram 32.000 turcos, houve 3.500 prisioneiros e foram libertados 15.000 escravos cristãos. O Papa morreu neste mesmo ano.
S. TOMÁS DE VILANOVA era agostiniano. Foi nomeado bispo de Valença. Brilhou pelas suas virtudes, seus talentos e, mormente por sua caridade para com os pobres. Morreu em 1555.
S. PEDRO DE ALCÂNTARA, franciscano, fez-se particularmente admirar por suas penitências extraordinárias. Morreu em 1562. Temos dele 2 livros de valor: DA PAZ DA ALMA e DA ORAÇÃO MENTAL.
SANTO ESTANISLEU DE KOSTKA, filho de um senador polaco. Era estudante jesuíta, distinguiu-se desde os mais tenros anos por uma pureza Angélica e uma ardente devoção à Maria Santíssima. Morreu em 1568 com 18 anos de idade.
S. LUIS DE GONZAGA, da família dos príncipes de Mântua; entrou na Companhia de Jesus, onde se distinguiu pela prática de todas as virtudes, particularmente por sua modéstia e puereza angélicas. Morreu em 1591, aos 23 anos de idade.
O VENERÁVEL JOÃO D’ÁVILA, foi um homem poderoso em obras e em palavras, um prodígio de penitência, um gênio universal, uma glória do sacerdócio. Deixou vários tratados de piedade e morreu em 1569.
SANTA TERESA D’ÁVILA foi um verdadeiro prodígio de amor. Com 21 anos de idade entrou no Carmelo e nele viveu quase meio século. Reformou as Carmelitas e, auxiliada por S. João da Cruz, reformou também os Carmelitas.
A santa fundou 30 mosteiros reformados: 16 de religiosas e 14 de religiosos. Compôs obras de alta espiritualidade. O povo chamava-a: Doutora da Igreja. Morreu em 1581, no convento de Ubédia.
S. JOÃO DA CRUZ foi a primeira flor do Carmelo reformado. Homem de extraordinária penitência, foi também um místico de Jesus crucificado. Temos dele obras de alto valor de misticismo como “A Subido do Carmelo”. Morreu em 1501.
LUIS DE LGRANADA, dominicano, nesta mesma época ilustrava sua Ordem. Era homem de oração contínua, deixando-nos diversos livros de piedade até hoje estimados.
O VENERÁVEL BARTOLOMEU DOS MÁRTIRES, igualmente dominicano. Foi arcebispo de Braga e um luzeiro do Concílio de Trento. Demitiu-se do arcebispado e morreu em sua cela de religioso, em 1590.S. FRANCISCO DE SALES é como a chave de ouro com que encerra esta galeria de santos, uns contemporâneos de Lutero e outros posteriores de poucos anos. Nasceu em 1567, no castelo de Sales (Genebra). Ordenado sacerdote começou o seu ministério em Chablais, onde converteu 70.000 hereges.
Eleito coadjutor do bispo de Genebra, sucedeu ao bispo falecido, e durante 20 anos foi um modelo perfeito de todas as virtudes, sobretudo de mansidão, de uma bondade sem limites.
Morreu em 1622, deixando-nos muitas obras espirituais incomparáveis, que o fizeram Doutor da Igreja.
4. SÁBIOS DA ÉPOCA
Jamais será bastante salientado um fato providencial a demonstrar admiravelmente a providência de Deus, no governo de sua Igrejas: enquanto o inferno assesta todas as baterias de guerra para destruir a Igreja, Deus suscita uma plêiade de homens extraordinários, pelo virtude e pelo saber, para combaterem o erro e defenderem a Igreja.
Não se pode negar terem sido terríveis os golpes de Lutero.
Deus deixou fazer... deixou podar a árvore da Igreja, deixou a heresia como que capinar o jardim das doutrinas, para lançar os restos apodrecidos no “quintal” do protestantismo; em compensação, porém, suscitou ele jardineiros habilitados para replantar este jardim e reedificar os edifício espirituais ruídos ao fragor da batalha.
Ao lado dos santos já citados, encontramos uma legião de sábios a desenvolverem, no terreno científico, ação idêntica à dos santos, no terreno espiritual.
BÍBLIA POLIGLOTA COMPLUTENSE
Em primeiro lugar refulgem os exegetas que estudaram profundamente e revisaram a Bíblia inteiramente, compondo as edições poliglotas e enriquecendo os textos com notas elucidativas, ou comentários eruditos. Entre outros figuram aqui o CARDEAL XIMEMES, a quem devemos a Bíblia chamada de Alcalá
VATABLIS, por longos anos professor de hebraico no Colégio de França.
CARDEAL BELARMINO, jesuíta, autor de sábios escritos teológicos.
Há ainda TIRINO, MENÓQUIO, MALDONADO, ÊSTICO, CORNÉLIO e LÁPIDE, cujos importantes trabalhos científicos bastariam para imortalizar um século.
A heresia luterana e comparsas, assim como a declaração nítida da Igreja Católica, no Concílio de Trento levaram os teólogos a fazer estudos mais apurados e profundos, entre os quais estão sábios tratados dos jesuítas LLÉSSIO e MOLINA, sobre a graça e o livro arbítrio e os trabalhos ainda mais ilustres de SUAREZ em que estão mitigadas as doutrinas de Santo Agostinho e da São Tomás.
As novas exigências da cotrovérsia católica promoveram pesquisas patrológicas e históricas. Daqui provieram as obras preciosas de MELCHIOR CANO, BELARMINO, PASSEVINO e as de BARÔNIO, publicadas com o título de "Anais Eclesiásticos" para rebater as falsificações e mentiras dos censuradores de Magdeburgo;as célibre controvérsias do Cardel DU PERRONEnfim temos cultores exímios da hagiografia ou descrição de vidas ilustres, como ROSSVEIDE, NA SUA "Vida dos Padres do Deserto", que serviu de guia ao imenso trabalho dos BOLANDISTAS.
As ciências homanas forasm cultivadas com não menos esmero e perspicácia, sob a proteção da Igreja Católica.
GALILEU, no fim do século XVI ensinava livremente em pisa, P´[adua e Florença, a teoria sobre a rotação da terra.
Se alguns teólogos romanos condenaram mais tarde o seu sistema astronômico, é porque quis intrometer nele a teologia, baseando-o na Escritura Sagrada.
Sob a égide dos Papas, VESALO inaugurava em Pávia a ciência da anatomia.
No mesmo tempo Calvino mandava queimar vivo MIGUEL SERVET, que acabava de descobrir a circulação pulmonar. Os protestantes perseguiram a TYCHO-BRAHE, coagindo-o a deixar o sistema de Copérnico. Os teólogos protestantes tubigenses condenaram KEPLER, por ter ensinado as novas leis do mundo planetário; os Papas, ao contrário, procuravam atraí-lo para a universidade de Bolonha
5. CONCLUSÃO
Tal é a obra civilizara, científica e salvadora do Catolicismo no século tão agitado de Lutero e de seus primeiros continuadores.
Ao se ler a história da reforma, qual ficou esboçada acima, parece-nos que a Igreja nada fez para opor-se à heresia nascente, deixando ao fogoso reformador plena liberdade de combater a Igreja e difundir o seus erros.
Isto não é verdade.
A Igreja quis reagir contra a avalanche de falsidades, mas, como vimos, o Papa não encontrou em parte alguma total apoio seguro, como se fazia necessário para impedir os progressos do mal.
Deus, porém, nunca abandona a sua Igreja. Ele mesmo, depois de ter deixado Lutero realizar a separação do JOIO DO TRIGO, se encarregou de combater o mal, e o fez sem reído, sem armas, sem castigos aparentes, mas com misericórdia e justiça.
Para grande males, grandes remédio. O mal era extenso e profundo no tempo do reformador; era quase geral a indiferença; pelo choque resultante da luta, os maus cairam e o bons se elevaram, guiadores pelos santos que Deus suscitava em toda parte.
Ainda uma vez a Igreja saiu do combate muito mais bela, gloriosa e triunfante do que antes, e o que não pudera fazer, no ambiente de decadância geral, fê-lo no meio da luta: sustentou o fervor e a generosidade das almas cristãs. Um cristão fervoroso é preferível a mil cristãos tíbios; a tempestade protestante sacudiu a imensa árvore da Igreja; fez cair no chão todo FRUTO APODRECIDO ou carcomido e salvou tudo o que havia de bom, nobre, puro e idealista: diminuiu o número, mas o valor aumentou.
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