O seu organismo, de estrutura robusta, estava, no entanto, bastante minado pelas extravagâncias praticadas: excessos de mesa, bebida, sobretudo pela cólera, tão perturbadora do funcionamento regular do coração.
Não nos interessa percorrer, em suas minudências, todas as etapas desta vida agitada; limitemo-nos a assinalar os pontos essenciais cuja influência se fez sentir de algum modo sobre o estabelecimento do protestantismo.
CAPÍTULO X
ÚLTIMAS LUTAS DO REFORMADOR
Encontramo-nos em o período final da vida ativa do nosso biografado.
Corria o ano de 1530. Contava ele 47 anos de idade e gozava de vigorosa saúde, exercendo uma atividade febril.
O seu organismo, de estrutura robusta, estava, no entanto, bastante minado pelas extravagâncias praticadas: excessos de mesa, bebida, sobretudo pela cólera, tão perturbadora do funcionamento regular do coração.
Não nos interessa percorrer, em suas minudências, todas as etapas desta vida agitada; limitemo-nos a assinalar os pontos essenciais cuja influência se fez sentir de algum modo sobre o estabelecimento do protestantismo.
1. Na fortaleza de Coburgo
SPALATINO..........
Enquanto se agitavam as discussões, e rugia a tempestade suscitada pela reforma, Lutero achou prudente não expor a própria pele; recolheu-se, sob a proteção do landgrave de Saxe, na fortaleza do Coburgo, onde permaneceu seis meses, até outubro de 1531. Daí dirigia e estimulava seus agentes: Melanchton, Justo Jonas, Spalatino e Brenz.
Naquele refúgio, o reformador se compara a um tigre enjaulado, pronto a se lançar sobre a presa, de goela aberta, para devorá-la, mas sem poder fugir das grades, limitando-se a bater a cabeça contra elas num barulho infernal (Wachters: Lutero p;272).
Para amedrontar os membros católicos do Conselho geral, escreveu ele um violento pasquim:
“Aviso ao clero, reunido no Conselho Imperial de Augsburgo” (Obras de Lutero, ed. De Weimar 30 II. 208).
Externando altivez revoltante, o frenético reformador ameaçou os conselheiros com uma revolta popular, se ousassem contrariar à expansão do seu credo religioso.
“Enquanto vivo, eu sou a vossa peste; depois de morto, serei a vossa morte. Pois Deus me excitou contra vós; serei para vós, como diz Oséias, tal uma leoa ou como a pantera, no caminho dos assírios. Não tereis paz, em meu nome, enquanto não vos converterdes, ou então perecerdes”
Apesar da violência destes termos, Lutero estava inquieto pelas decisões do Conselho imperial (Obras de Weimar 30, II. 397) as quais não interromperam a propaganda iniciada.
O imperador, a 29 de junho de 1541, assinou “o ínterim de Regensburg”, em que os chefes protestantes fizeram muitas promessas depois não executadas.
Novos conselhos reuniram-se em Nuremberg (1543), em Spíere (1544), em Worms (1545).
Todos eles outro efeito não surtiram, senão o de patentear o abismo cada vez mais escancarado, entre católicos e protestantes.
A sua tensão nervosa, a intemperança e a violência a que se entregava começaram a arruinar a saúde; ele bem o sentia, mas, em vez de referir este esgotamento à suas lides incessante e consultar um médico, tudo atribuía ao demônio.
Aliás, já era antiga esta sua mania, de ver o demônio em toda parte.
Ele escreve a Amsdorf:
“Como homem de 47 anos, sinto já a idade pesar sobre os meus ombros, enquanto as minhas forças vão aos poucos diminuindo” (Corresp. 8 p. p. 301: 31 out. 1530).
Lutero interpretou uma tontura na cabeça (dormern in kopf) como sendo a raiva do diabo desejoso de impedir-lhe a continuação da reforma. Em toda parte enxergava demônios. Tinha visto em sua imaginação
“... legiões destes espíritos infernais, em trajes de monges, dirigirem a Augsburgo, para ali orientar o conselho imperial a trabalhar contra ele” (Grisar III, 694).
Em Coburgo o próprio monge desvairado referiu-se aos demônios que lhe apareciam e vinham fazer-lhe companhia no quarto.
Naquele refúgio, o reformador se compara a um tigre enjaulado, pronto a se lançar sobre a presa, de goela aberta, para devorá-la, mas sem poder fugir das grades, limitando-se a bater a cabeça contra elas num barulho infernal (Wachters: Lutero p;272).
Para amedrontar os membros católicos do Conselho geral, escreveu ele um violento pasquim:
“Aviso ao clero, reunido no Conselho Imperial de Augsburgo” (Obras de Lutero, ed. De Weimar 30 II. 208).
Externando altivez revoltante, o frenético reformador ameaçou os conselheiros com uma revolta popular, se ousassem contrariar à expansão do seu credo religioso.
“Enquanto vivo, eu sou a vossa peste; depois de morto, serei a vossa morte. Pois Deus me excitou contra vós; serei para vós, como diz Oséias, tal uma leoa ou como a pantera, no caminho dos assírios. Não tereis paz, em meu nome, enquanto não vos converterdes, ou então perecerdes”
Apesar da violência destes termos, Lutero estava inquieto pelas decisões do Conselho imperial (Obras de Weimar 30, II. 397) as quais não interromperam a propaganda iniciada.
O imperador, a 29 de junho de 1541, assinou “o ínterim de Regensburg”, em que os chefes protestantes fizeram muitas promessas depois não executadas.
Novos conselhos reuniram-se em Nuremberg (1543), em Spíere (1544), em Worms (1545).
Todos eles outro efeito não surtiram, senão o de patentear o abismo cada vez mais escancarado, entre católicos e protestantes.
A sua tensão nervosa, a intemperança e a violência a que se entregava começaram a arruinar a saúde; ele bem o sentia, mas, em vez de referir este esgotamento à suas lides incessante e consultar um médico, tudo atribuía ao demônio.
Aliás, já era antiga esta sua mania, de ver o demônio em toda parte.
Ele escreve a Amsdorf:
“Como homem de 47 anos, sinto já a idade pesar sobre os meus ombros, enquanto as minhas forças vão aos poucos diminuindo” (Corresp. 8 p. p. 301: 31 out. 1530).
Lutero interpretou uma tontura na cabeça (dormern in kopf) como sendo a raiva do diabo desejoso de impedir-lhe a continuação da reforma. Em toda parte enxergava demônios. Tinha visto em sua imaginação
“... legiões destes espíritos infernais, em trajes de monges, dirigirem a Augsburgo, para ali orientar o conselho imperial a trabalhar contra ele” (Grisar III, 694).
Em Coburgo o próprio monge desvairado referiu-se aos demônios que lhe apareciam e vinham fazer-lhe companhia no quarto.
Era uma noite chuvosa, ali pelas 9 horas. Lutero estava diante da janela. De repente deparou uma serpente flamejante, em ondulações luminosas, lançar-se do teto de uma torre próxima sobre as plantações do jardim.
Espavorido, chamou imediatamente Veit Diutrich, o seu criado, mas, ao chegar este, já havia desapacido o fantasma.
Momentos depois, ambos enxergaram no meio do campo uma grande estrela. Não há dúvida, reflete o ex-monge, é o diabo.
2. ÓDIO AO PAPADO
Após uma permanência de 6 meses, findo o perigo ameaçador, Lutero deixou a fortaleza de Coburgo, para retomar o seu mister de professor na universidade de Wittemberg e aí prosseguir a sua propaganda.
Tudo fazia prever estar iminente um momento de paz em seguido às lutas passadas, pelo pacto religioso de Nuremberg de 1532.
Infelizmente, tudo foi esperança vã.
Carlos V voltou para a Espanha e devia regressar à Alemanha depois de uma ausência de 9 anos, fato mui prejudicial à paz, porquanto ficou sem efeito a concordância de Nuremberg.
Neste mesmo ano faleceu o landgrave João de Saxe, sucedendo-lhe seu filho João Frederico, protestante, como havia sido o pai.
Passados dois anos, em 1534, o Papa Clemente VII deixou este mundo, tendo por continuador no trono de S. Pedro o Papa Clemente VIII.
O novo Papa pensou logo em convocar um Concílio geral, no intuito de por termo às lutas religiosas. Para isto, mandou à Alemanha o seu núncio, Pedro Vergério, que nada mais conseguiu do landgrave João Frederico senão promessas.
Espavorido, chamou imediatamente Veit Diutrich, o seu criado, mas, ao chegar este, já havia desapacido o fantasma.
Momentos depois, ambos enxergaram no meio do campo uma grande estrela. Não há dúvida, reflete o ex-monge, é o diabo.
2. ÓDIO AO PAPADO
Após uma permanência de 6 meses, findo o perigo ameaçador, Lutero deixou a fortaleza de Coburgo, para retomar o seu mister de professor na universidade de Wittemberg e aí prosseguir a sua propaganda.
Tudo fazia prever estar iminente um momento de paz em seguido às lutas passadas, pelo pacto religioso de Nuremberg de 1532.
Infelizmente, tudo foi esperança vã.
Carlos V voltou para a Espanha e devia regressar à Alemanha depois de uma ausência de 9 anos, fato mui prejudicial à paz, porquanto ficou sem efeito a concordância de Nuremberg.
Neste mesmo ano faleceu o landgrave João de Saxe, sucedendo-lhe seu filho João Frederico, protestante, como havia sido o pai.
Passados dois anos, em 1534, o Papa Clemente VII deixou este mundo, tendo por continuador no trono de S. Pedro o Papa Clemente VIII.
O novo Papa pensou logo em convocar um Concílio geral, no intuito de por termo às lutas religiosas. Para isto, mandou à Alemanha o seu núncio, Pedro Vergério, que nada mais conseguiu do landgrave João Frederico senão promessas.
>>> Johannes Bugenhagen - Landgrave de Hesse <<<<
Em 1535 o Núncio fez uma visita a Wittemberg, e ali convidou Lutero e Bugenhagen a uma ceia a ele oferecida em casa do landgrave.
LUTERO ACEDEU AO CONVITE, NÃO TANTO PARA TRATAR DA PAZ, MAS PRINCIPALMENTE PARA INSULTAR O PAPA.
Trajado de modo bastante extravagante lá apareceu com uma pesada corrente de ouro ao pescoço e vários anéis de brilhantes nos dedos. O que mais impressionou o Núncio foi o olhar do heresiarca, demonstrando algo misterioso, quase diabólico, conforme depois atestou o enviado Papal.
Lutero mostrou-se mal educado, grosseiro, e, apenas foi ventilada a idéia de um concílio e a possível aproximação religiosa, o herege exclamou com veemência:
"Quero perder a cabeça, se não defender a minha doutrina contra o mundo inteiro. Esta cólera da minha boca não é minha, mas de Deus. Os Concílios não passam de brinquedos de crianças ou de doidos".
Depois, para desviar a conversa e zombar de Vergério, começou a falar da "venerável monja", sua mulher, que lhe dera cinco filhos, dos quais Hans, o mais velho, seria um grande pregador do Evangelho" (Grisar, p.370).
Em 1538 Lutero caiu de novo doente, cruelmente atacado de uma moléstia dos rins, o que lhe fez padecer dores agudas.
Desta vez pensou morrer... mas, apesar da aproximação da eternidade, nenhum pensamento de arrependimento ou de paz surgiu em sua alma dilacerada.
Cada palavra por ele articulada era um brado de ódio contra Roma e contra o Papa. Continuamente exclamava:
“Morro no ódio contra o Papa” (Tischredden.; Weimar, 6 de novembro, n. 6974).
Sentindo chegar a morte, em meio de dores horríveis, disse ao landgrave protestante ser o seu falecimento motivo de satisfação ao Papa, que não se alegraria por muito tempo.
A inscrição sepulcral por ele mesmo composta e preparada de antemão, para ser colocada em cima de seu túmulo, continha os dizeres:
“Pestis eram vivens, moriens ero mors tua, papa” – Em vida eu era a tua peste, morrendo, serei a tua morte, ó Papa!
Querendo o reformador morrer entre os de sua família, aproveitou de uma melhora, para se fazer transportar para Wittemberg.
Ao embarcar, despediu-se dos seus amigos com estas palavras:
“Deus vos encha de suas bênçãos e de ódio ao Papa”
ODIUM IN PAPAM: Eis a sua lúgubre herança para o seus amigos (Grisar, p.394) e esta foi sempre o sinal distintivos dos infelizes protestantes.
Lutero desta vez se restabeleceu. Somente anos depois chegou a sua hora final.
Em 1535 o Núncio fez uma visita a Wittemberg, e ali convidou Lutero e Bugenhagen a uma ceia a ele oferecida em casa do landgrave.
LUTERO ACEDEU AO CONVITE, NÃO TANTO PARA TRATAR DA PAZ, MAS PRINCIPALMENTE PARA INSULTAR O PAPA.
Trajado de modo bastante extravagante lá apareceu com uma pesada corrente de ouro ao pescoço e vários anéis de brilhantes nos dedos. O que mais impressionou o Núncio foi o olhar do heresiarca, demonstrando algo misterioso, quase diabólico, conforme depois atestou o enviado Papal.
Lutero mostrou-se mal educado, grosseiro, e, apenas foi ventilada a idéia de um concílio e a possível aproximação religiosa, o herege exclamou com veemência:
"Quero perder a cabeça, se não defender a minha doutrina contra o mundo inteiro. Esta cólera da minha boca não é minha, mas de Deus. Os Concílios não passam de brinquedos de crianças ou de doidos".
Depois, para desviar a conversa e zombar de Vergério, começou a falar da "venerável monja", sua mulher, que lhe dera cinco filhos, dos quais Hans, o mais velho, seria um grande pregador do Evangelho" (Grisar, p.370).
Em 1538 Lutero caiu de novo doente, cruelmente atacado de uma moléstia dos rins, o que lhe fez padecer dores agudas.
Desta vez pensou morrer... mas, apesar da aproximação da eternidade, nenhum pensamento de arrependimento ou de paz surgiu em sua alma dilacerada.
Cada palavra por ele articulada era um brado de ódio contra Roma e contra o Papa. Continuamente exclamava:
“Morro no ódio contra o Papa” (Tischredden.; Weimar, 6 de novembro, n. 6974).
Sentindo chegar a morte, em meio de dores horríveis, disse ao landgrave protestante ser o seu falecimento motivo de satisfação ao Papa, que não se alegraria por muito tempo.
A inscrição sepulcral por ele mesmo composta e preparada de antemão, para ser colocada em cima de seu túmulo, continha os dizeres:
“Pestis eram vivens, moriens ero mors tua, papa” – Em vida eu era a tua peste, morrendo, serei a tua morte, ó Papa!
Querendo o reformador morrer entre os de sua família, aproveitou de uma melhora, para se fazer transportar para Wittemberg.
Ao embarcar, despediu-se dos seus amigos com estas palavras:
“Deus vos encha de suas bênçãos e de ódio ao Papa”
ODIUM IN PAPAM: Eis a sua lúgubre herança para o seus amigos (Grisar, p.394) e esta foi sempre o sinal distintivos dos infelizes protestantes.
Lutero desta vez se restabeleceu. Somente anos depois chegou a sua hora final.
3. BIGAMIA DE FILIPE DE HESSE
Um dos mais ruidosos, talvez o maior dos escândalos de Lutero foi, sem dúvida, a permissão por ele dada para o landgrave de Hesse viver em bigamia simultânea.
Como já vimos, Lutero queria apoiar a sua reforma sobre a proteção dos príncipes. É uma verdade reconhecida pelo historiadores protestantes:
“A reforma introduzida por Lutero foi, antes de tudo, uma obra política (Grisar, II. 282-346 e Paquier Kol 1177) uma revolta suscitada por fatores econômicos”.
“O que os príncipes desejavam era apoderar dos bens eclesiásticos e exercer uma autoridade absoluta, religiosa e política, em seus estados”.
A concessão de bigamia, concedida por Lutero e companheiros ao landgrave de Hesse, vem mais uma vez provar esta triste verdade.
O pe. Leonel Franca resumiu muito bem o caso, em poucas palavras: Filipe, príncipe de costumes depravados, não contente com a sua legítima esposa, de quem já tivera 7 filhos, queria casar-se também com Margarida de la Sale, dama de honra de sua irmã Izabel.
A mãe de Margarida acabou por dar o seu consentimento a esta união escandalosa, contanto que ao casamento assistissem Lutero, Melanchton, Bucero, Cristina, esposa do landgrave, Ernesto Miltiz, tio da jovem, o eleitor da Saxônia e o duque Maurício, esses dois últimos, por si ou por seus representantes.
Filipe aceitou a cláusula e pôs logo em campo para obter a anuência dos grandes evangélicos reformadores. A Bucero enviou em 1539 uma longa instrução que deveria ser comunicada a Lutero e a Melanchton. É uma exposição de motivos. A sua vida, confessa o landgrave,
“... é escandalosa; mas só, com a esposa que tem, ele não pode nem QUER MUDAR DE VIDA... Frequentemente deve tomar parte nas assembleias do império, onde são muitas as diversões... não lhe é possível dispensar uma mulher; e levar uma de grande qualidade seria muito embaraçoso”.
Mas, como bom cristão, nada quer fazer contra a Escritura; consultou a Bíblia e verificou que:
“... nem Deus no Antigo Testamento, nem Jesus Cristo no Novo Testamento, nem os Profetas, nem os Apóstolos proíbem a alguém ter duas mulheres”.
Além disto, o fato não era inédito, o landgrave sabia...
“... que Lutero e Melanchton haviam aconselhado ao rei da Inglaterra que tomasse uma segunda esposa” como se vê na sua CONSULTA MOTIVADA. (O landgrave estava bem informado. Na sua Memória de 27 de agosto de 1531, “De Bigamia Regis Angliae” escrevera Melanchton:
“Se o rei quer prover a sucessão do trono, é melhor fazê-lo, sem infâmia do primeiro casamento. Poderá consegui-lo, sem perigo algum da consciência ou da fama de quem quer que seja, por meio da poligamia” [Corpus Ref. II. 526]).
Lutero afinou pelo mesmo diapasão.
“Henrique poderia casar com outra rainha a exemplo dos patriarcas que tiveram várias esposas” (Enders. IV, 88).
Finalmente, no caso em que ainda, hesitassem, o landgrave ameaçava de
“... pedir o consentimento ao imperador” com quem ele poderia obter o que quisesse, peitando os seus ministros. E este passo seria prejudicial (... aos interesses da igreja”: “os ministros imperiais poderiam colher a oportunidade para levá-lo a qualquer ação que não seria útil a esta causa (reforma) e a este partido”.
Por todos estes motivos suplicava que lhe dessem o consentimento por escrito, a fim de
“... poder aproximar-se em boa consciência e TRATAR COM MAIOR LIBERDADE E CONFIANÇA DOS NEGÓCIOS DE NOSSA RELIGIÃO”.
Em longa consulta, assinada, por Lutero, Melanchton, Bucero e mais 6 teólogos e endereçada ao “sereníssimo Príncipe e Senhor”, depois de fazerem ver os inconvenientes do escândalo público que poderia daí advir e de exortar o landgrave a outra solução menos arriscada e mais cristã, concluíram finalmente os signatários:
“... se Sua Alteza está inteiramente resolvido a tomar segunda mulher, julgamos que o deve fazer em segredo. Ao Imperador, convém não recorrer; sua fé sendo à maneira da do Papa, ele tratará como ridícula a proposta de V. Alteza... nada tem ele dos costumes alemães... é para desejar que nenhum príncipe cristão se alie aos seus desígnios perniciosos”.
Inútil dizer que o landgrave estava
“... inteiramente resolvido a tomar uma segunda mulher”.
A 5 de abril escreve a Lutero
“... na calma e na alegria de uma boa consciência”, e acompanha os agradecimentos com um barril de um bom vinho do Reno.
A 24 de maio o austero reformador responde-lhe humildemente;
“Recebi o presente de sua Graça, o barril de vinho do Reno, e apresento-lhe os meus humildes agradecimentos”.
Segundo casamento projetado realizou-se a 4 de março. Celebrou-o dignamente o predicante da corte Dionísio Melandro, outro frade reformado, que já estava valorosamente com sua terceira mulher, vivas ainda as duas primeiras.
Assistiram ao ato Bucero, Melanchton, os teólogos e conselheiros da corte. Faltou o tio de Margarida, Ernesto de Miltiz,
“... porque era papista e, como tal, não suficiente versado na Sagrada Escritura, para aceitar diante de Deus a legitimidade de um duplo casamento” (Lens, Briefwechsel Langraf Philipps dês Grossmuthigen von hessen mil Bucer, Leipsig, 1880-1887, t. I. p. 330-332).
4. LOUCO OU POSSESSO
A vida que vamos historiando continua a ostentar o distintivo costumeiro: um verdadeiro frenesi antipapal, uma inextinguível aversão à Igreja Católica e uma ação sem descanso na propagação do mal.
“Quem diz uma só mentira”, reza o sábio adágio, “é obrigado a inventar cem outras para sustentar a primeira”.
É bem o caso do infeliz reformador. Começou a errar e, para defender o seu erro, não cessou de transviar-se, até nada mais conservar da religião católica.
Em nome da Bíblia, suprimiu a Bíblia; e, em nome do Evangelho, liquidou a obra de Cristo.
O seu pesadelo, o seu sonho mais impressionante e impulsivo foi vibrar o golpe de morte ao Romanismo; e eis a Igreja de Roma erguendo, de um momento para outro, a cabeça, mais radiante e bela do que nunca.
Começou a circular o boato da reunião de um concílio geral, para condenar os erros. Protestantes.
Lutero tremeu de horror. Tal um outro Sansão, o pobre e velho reformador (já estava com 55 anos), quase caduco, quereria poder jogar-se contra as colunas do catolicismo, para sepultar o Papa sob as suas ruínas.
No seu insaciável desejo de vingança ele toma a pena e começa a redigir um nojento panfleto pelo mesmo denominado:
“Meu testamento à nação alemã, cujo é: CONTRA O PAPADO DE ROMA FUNDADO PELO DIABO” (Grisar e Huge: Kampf bilder, p. 36).
A idéia dominante é a seguinte: O papado surgiu do inferno, e a soberania de sua ação é devida aos poderes diabólicos.
Citemos apenas umas frases deste grosseiro testamente. Se se deve julgar o homem pelas suas idéias, é preciso confessar ser Lutero uma verdadeira fonte de imundície; diz um escritor contemporâneo: o estilo é o homem; assim pensando, forçosamente se concluirá que Lutero é UM POSSESSO ou UM LOUCO.
“o Papa é a cabeça das igrejas malditas, o pior de todos os ladrões da terra; é um substituto do diabo, inimigo de Deus, revoltoso contra Cristo, um perturbador da Igreja, um doutor de mentiras, de blasfêmias e de ateísmo, arquiladrão das igrejas, gatuno de chaves, assassino, filho da corrupção: que não quiser acreditar nisso, corra ao diabo com o seu Deus e seu Papa. Eu, como doutrinador inspirado e pregado na igreja de Cristo, devo dizer a verdade, e assim faço”.
“Felizmente eu estou vivo, eu doutor Martinho Lutero, educado na escola papal e estrebaria dos asnos, me tornei doutor em teologia; já como sábio e como doutor, posso testemunhar como é alta, larga e comprida a ciência da Sagrada Escritura”.
O que sobressai sempre é o infame desejo, a sede de destruição de Roma e do Papado.
Falando, no aludido escrito, dos castigos desejados para o Papa, ele diz:
“A sentença para o Papa e os seus partidários deve ser: Arrancar-lhes a língua,por detrás, pelo pescoço, e pregá-los ao patíbulo, onde fiquem suspensos em linha, como os seus selos nas bulas. Poderão, então, reunir um concílio no patíbulo ou no inferno, no meio dos diabos”.
“Veja”, exclama ainda, “como ferve o meu sangue e a minha carne. Como desejo ver castigado o Papado, embora não saiba haver castigo temporal suficiente para uma bula ou para um decreto”.
Para dar maior peso a estes vezeiros insultos, Lutero mandou gravar pelo seu amigo Cranach, as mais infames e satíricas caricaturas, a fim de ilustrar o seu panfleto, que felizmente não chegou a terminar.
De tudo isto só se pode concluir: mesmo no fim de seus dias, ainda o persegui o demônio do ódio, como a fantasmagoria segue os pobres desequilibrados. Na expressão de PERKHEIMER, Lutero era isso: UM POSSESSO ou um LOUCO.
5. CONCLUSÃO
É fatal e lógica a dedução de todo espírito possuído de bom senso: não fala nem age assim um enviado de Deus. Fosse o catolicismo um pouco de vícios, segundo a expressão Lutero, será que, para transformá-lo e persuadir os seus seguidores a deixarem o pecado e o erro, teria Deus deputado alguém que se expressasse com ditos satíricos, sarcasmos pegajosos, cóleras intempestivas, mesquinhas calúnias?...
Não, é impossível.
ELE QUER QUE O PECADOR SE CONVERTA E VIVA.
Não se pode querer construir acumulando ruínas e destruindo por maldade. Tal processo repugnaria à bondade e sabedoria divinas que dispõem as coisas conforme os fins a atingir, com peso, medida e prudência.
Além disso, quando Deus envia um reformador ao mundo, para extirpar certos abusos, escolhe sempre um homem, cujo exemplo seja a representação viva das lições a dar, ou o antídoto do vício a combater.
Um dos mais ruidosos, talvez o maior dos escândalos de Lutero foi, sem dúvida, a permissão por ele dada para o landgrave de Hesse viver em bigamia simultânea.
Como já vimos, Lutero queria apoiar a sua reforma sobre a proteção dos príncipes. É uma verdade reconhecida pelo historiadores protestantes:
“A reforma introduzida por Lutero foi, antes de tudo, uma obra política (Grisar, II. 282-346 e Paquier Kol 1177) uma revolta suscitada por fatores econômicos”.
“O que os príncipes desejavam era apoderar dos bens eclesiásticos e exercer uma autoridade absoluta, religiosa e política, em seus estados”.
A concessão de bigamia, concedida por Lutero e companheiros ao landgrave de Hesse, vem mais uma vez provar esta triste verdade.
O pe. Leonel Franca resumiu muito bem o caso, em poucas palavras: Filipe, príncipe de costumes depravados, não contente com a sua legítima esposa, de quem já tivera 7 filhos, queria casar-se também com Margarida de la Sale, dama de honra de sua irmã Izabel.
A mãe de Margarida acabou por dar o seu consentimento a esta união escandalosa, contanto que ao casamento assistissem Lutero, Melanchton, Bucero, Cristina, esposa do landgrave, Ernesto Miltiz, tio da jovem, o eleitor da Saxônia e o duque Maurício, esses dois últimos, por si ou por seus representantes.
Filipe aceitou a cláusula e pôs logo em campo para obter a anuência dos grandes evangélicos reformadores. A Bucero enviou em 1539 uma longa instrução que deveria ser comunicada a Lutero e a Melanchton. É uma exposição de motivos. A sua vida, confessa o landgrave,
“... é escandalosa; mas só, com a esposa que tem, ele não pode nem QUER MUDAR DE VIDA... Frequentemente deve tomar parte nas assembleias do império, onde são muitas as diversões... não lhe é possível dispensar uma mulher; e levar uma de grande qualidade seria muito embaraçoso”.
Mas, como bom cristão, nada quer fazer contra a Escritura; consultou a Bíblia e verificou que:
“... nem Deus no Antigo Testamento, nem Jesus Cristo no Novo Testamento, nem os Profetas, nem os Apóstolos proíbem a alguém ter duas mulheres”.
Além disto, o fato não era inédito, o landgrave sabia...
“... que Lutero e Melanchton haviam aconselhado ao rei da Inglaterra que tomasse uma segunda esposa” como se vê na sua CONSULTA MOTIVADA. (O landgrave estava bem informado. Na sua Memória de 27 de agosto de 1531, “De Bigamia Regis Angliae” escrevera Melanchton:
“Se o rei quer prover a sucessão do trono, é melhor fazê-lo, sem infâmia do primeiro casamento. Poderá consegui-lo, sem perigo algum da consciência ou da fama de quem quer que seja, por meio da poligamia” [Corpus Ref. II. 526]).
Lutero afinou pelo mesmo diapasão.
“Henrique poderia casar com outra rainha a exemplo dos patriarcas que tiveram várias esposas” (Enders. IV, 88).
Finalmente, no caso em que ainda, hesitassem, o landgrave ameaçava de
“... pedir o consentimento ao imperador” com quem ele poderia obter o que quisesse, peitando os seus ministros. E este passo seria prejudicial (... aos interesses da igreja”: “os ministros imperiais poderiam colher a oportunidade para levá-lo a qualquer ação que não seria útil a esta causa (reforma) e a este partido”.
Por todos estes motivos suplicava que lhe dessem o consentimento por escrito, a fim de
“... poder aproximar-se em boa consciência e TRATAR COM MAIOR LIBERDADE E CONFIANÇA DOS NEGÓCIOS DE NOSSA RELIGIÃO”.
Em longa consulta, assinada, por Lutero, Melanchton, Bucero e mais 6 teólogos e endereçada ao “sereníssimo Príncipe e Senhor”, depois de fazerem ver os inconvenientes do escândalo público que poderia daí advir e de exortar o landgrave a outra solução menos arriscada e mais cristã, concluíram finalmente os signatários:
“... se Sua Alteza está inteiramente resolvido a tomar segunda mulher, julgamos que o deve fazer em segredo. Ao Imperador, convém não recorrer; sua fé sendo à maneira da do Papa, ele tratará como ridícula a proposta de V. Alteza... nada tem ele dos costumes alemães... é para desejar que nenhum príncipe cristão se alie aos seus desígnios perniciosos”.
Inútil dizer que o landgrave estava
“... inteiramente resolvido a tomar uma segunda mulher”.
A 5 de abril escreve a Lutero
“... na calma e na alegria de uma boa consciência”, e acompanha os agradecimentos com um barril de um bom vinho do Reno.
A 24 de maio o austero reformador responde-lhe humildemente;
“Recebi o presente de sua Graça, o barril de vinho do Reno, e apresento-lhe os meus humildes agradecimentos”.
Segundo casamento projetado realizou-se a 4 de março. Celebrou-o dignamente o predicante da corte Dionísio Melandro, outro frade reformado, que já estava valorosamente com sua terceira mulher, vivas ainda as duas primeiras.
Assistiram ao ato Bucero, Melanchton, os teólogos e conselheiros da corte. Faltou o tio de Margarida, Ernesto de Miltiz,
“... porque era papista e, como tal, não suficiente versado na Sagrada Escritura, para aceitar diante de Deus a legitimidade de um duplo casamento” (Lens, Briefwechsel Langraf Philipps dês Grossmuthigen von hessen mil Bucer, Leipsig, 1880-1887, t. I. p. 330-332).
4. LOUCO OU POSSESSO
A vida que vamos historiando continua a ostentar o distintivo costumeiro: um verdadeiro frenesi antipapal, uma inextinguível aversão à Igreja Católica e uma ação sem descanso na propagação do mal.
“Quem diz uma só mentira”, reza o sábio adágio, “é obrigado a inventar cem outras para sustentar a primeira”.
É bem o caso do infeliz reformador. Começou a errar e, para defender o seu erro, não cessou de transviar-se, até nada mais conservar da religião católica.
Em nome da Bíblia, suprimiu a Bíblia; e, em nome do Evangelho, liquidou a obra de Cristo.
O seu pesadelo, o seu sonho mais impressionante e impulsivo foi vibrar o golpe de morte ao Romanismo; e eis a Igreja de Roma erguendo, de um momento para outro, a cabeça, mais radiante e bela do que nunca.
Começou a circular o boato da reunião de um concílio geral, para condenar os erros. Protestantes.
Lutero tremeu de horror. Tal um outro Sansão, o pobre e velho reformador (já estava com 55 anos), quase caduco, quereria poder jogar-se contra as colunas do catolicismo, para sepultar o Papa sob as suas ruínas.
No seu insaciável desejo de vingança ele toma a pena e começa a redigir um nojento panfleto pelo mesmo denominado:
“Meu testamento à nação alemã, cujo é: CONTRA O PAPADO DE ROMA FUNDADO PELO DIABO” (Grisar e Huge: Kampf bilder, p. 36).
A idéia dominante é a seguinte: O papado surgiu do inferno, e a soberania de sua ação é devida aos poderes diabólicos.
Citemos apenas umas frases deste grosseiro testamente. Se se deve julgar o homem pelas suas idéias, é preciso confessar ser Lutero uma verdadeira fonte de imundície; diz um escritor contemporâneo: o estilo é o homem; assim pensando, forçosamente se concluirá que Lutero é UM POSSESSO ou UM LOUCO.
“o Papa é a cabeça das igrejas malditas, o pior de todos os ladrões da terra; é um substituto do diabo, inimigo de Deus, revoltoso contra Cristo, um perturbador da Igreja, um doutor de mentiras, de blasfêmias e de ateísmo, arquiladrão das igrejas, gatuno de chaves, assassino, filho da corrupção: que não quiser acreditar nisso, corra ao diabo com o seu Deus e seu Papa. Eu, como doutrinador inspirado e pregado na igreja de Cristo, devo dizer a verdade, e assim faço”.
“Felizmente eu estou vivo, eu doutor Martinho Lutero, educado na escola papal e estrebaria dos asnos, me tornei doutor em teologia; já como sábio e como doutor, posso testemunhar como é alta, larga e comprida a ciência da Sagrada Escritura”.
O que sobressai sempre é o infame desejo, a sede de destruição de Roma e do Papado.
Falando, no aludido escrito, dos castigos desejados para o Papa, ele diz:
“A sentença para o Papa e os seus partidários deve ser: Arrancar-lhes a língua,por detrás, pelo pescoço, e pregá-los ao patíbulo, onde fiquem suspensos em linha, como os seus selos nas bulas. Poderão, então, reunir um concílio no patíbulo ou no inferno, no meio dos diabos”.
“Veja”, exclama ainda, “como ferve o meu sangue e a minha carne. Como desejo ver castigado o Papado, embora não saiba haver castigo temporal suficiente para uma bula ou para um decreto”.
Para dar maior peso a estes vezeiros insultos, Lutero mandou gravar pelo seu amigo Cranach, as mais infames e satíricas caricaturas, a fim de ilustrar o seu panfleto, que felizmente não chegou a terminar.
De tudo isto só se pode concluir: mesmo no fim de seus dias, ainda o persegui o demônio do ódio, como a fantasmagoria segue os pobres desequilibrados. Na expressão de PERKHEIMER, Lutero era isso: UM POSSESSO ou um LOUCO.
5. CONCLUSÃO
É fatal e lógica a dedução de todo espírito possuído de bom senso: não fala nem age assim um enviado de Deus. Fosse o catolicismo um pouco de vícios, segundo a expressão Lutero, será que, para transformá-lo e persuadir os seus seguidores a deixarem o pecado e o erro, teria Deus deputado alguém que se expressasse com ditos satíricos, sarcasmos pegajosos, cóleras intempestivas, mesquinhas calúnias?...
Não, é impossível.
ELE QUER QUE O PECADOR SE CONVERTA E VIVA.
Não se pode querer construir acumulando ruínas e destruindo por maldade. Tal processo repugnaria à bondade e sabedoria divinas que dispõem as coisas conforme os fins a atingir, com peso, medida e prudência.
Além disso, quando Deus envia um reformador ao mundo, para extirpar certos abusos, escolhe sempre um homem, cujo exemplo seja a representação viva das lições a dar, ou o antídoto do vício a combater.
São Francisco de Assis – um verdadeiro REFORMADOR DA IGREJA |
Lutero acusava a Igreja Católica de ser impura, interesseira, perseguidora; no entanto, ele, Lutero, dá, pela sua vida o mais triste e vergonhoso exemplo dos vícios apontados e de que acusa os outros.
Se ele vinha para combater a corrupção e falta de moral, devia, como o divino mestre, fazer e ensinar: COEPIT JESUS FACERE ET DOCERE (Atos dos Apóstolos 1, 1)
No entanto, o reformador praticou toda a casta de pecados e defeitos, e até os recomendou aos outros, aconselhando-os, como vimos atrás.
Jesus Cristo nos aconselha sejamos mansos e humildes e coração (São Mateus 11, 29) e Lutero nos apareceu com orgulho sem limites e uma vingança sem freio.
Jesus nos preceitua a castidade, a continência, a modéstia: POENITENTICAM AGITE (São Mateus 3,2). ORATIONI INSTANTE (Colossenses 4,2) BONA OPERA OSTENDI (São João 10,32) enquanto Lutero não rezava, desprezava as práticas penitenciais e negava a necessidade das boas obras.
Jesus nos anima ao combate dos nossos defeitos, à mortificação da carne, à santidade da vida. CARNEM SUAM CRUCIFIXERUNT COM VITIIS (Gálatas l5,24) SANCTI ERITIS (1 Pedro, 1,16); Lutero, ao invés, se deixa dominar pelos vícios da carne, da mesa, da bebida, nem ao menos, segue os ditames da lei natural.
Oh, Não! Lutero não foi um enviado de Deus, mas apenas um espírito revoltoso, cheio de vícios, um réprobo, hostil a Deus e à Igreja verdadeira, à virtude e à humanidade. Daí, se deduz a ser a seita fundada por ele uma coisa humana, diabólica, e um instrumento de perdição para as almas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário